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França lamenta saída dos EUA da Unesco em "momento primordial"

Os EUA anunciaram saída do órgão da ONU para educação por "tendência anti-Israel" da entidade

Emmanuel Macron, presidente da França: País disse que apoio da comunidade internacional à Unesco é primordial (Brendan McDermid/Reuters)

Emmanuel Macron, presidente da França: País disse que apoio da comunidade internacional à Unesco é primordial (Brendan McDermid/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de outubro de 2017 às 15h10.

Paris - O governo da França lamentou nesta quinta-feira (12) que a saída dos Estados Unidos da Unesco, organismo multilateral com sede em Paris, aconteça em um momento em que "o apoio da comunidade internacional a esta organização é primordial".

"A França está comprometida com a principal ação da Unesco e as suas áreas de competência, especialmente nos setores prioritários da educação, da prevenção da radicalização e da proteção do patrimônio em perigo", disse em um comunicado o ministério de Exteriores da França.

O ministério sustentou que a saída dos EUA da Unesco dá "um novo significado" à candidatura francesa ao organismo, que decide entre hoje e amanhã o sucessor da búlgara Irina Bokova.

"A Unesco precisa mais do que nunca de um projeto em que todos os Estados-membros possam se sentir acolhidos", segundo o ministério francês, em referência à candidata francesa, a ex-ministra de Cultura Audrey Azoulay.

A diretora em fim de mandato da Unesco, Bokova, confirmou em um comunicado que o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, lhe tinha confirmado a saída dos Estados Unidos, que já não pagava quotas desde 2011, quando foi aceita a entrada da Palestina na organização.

Washington justificou a saída devido à necessidade de uma reforma na instituição e de uma suposta "tendência anti-Israel" na mesma, acentuada pelo investimento palestino.

Os EUA pretendem agora estabelecer uma missão permanente como país "observador" na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

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