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França, Itália e Alemanha discutirão a crise migratória em Paris

A reunião acontece depois que a Itália ameaçou negar a entrada de barcos estrangeiros que transportam emigrantes resgatados no Mediterrâneo

Gérard Collomb: o ministro receberá Marco Minniti e Thomas de Maizière (REUTERS/Charles Platiau/Reuters)
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AFP

Publicado em 30 de junho de 2017 às 21h48.

Os ministros do Interior francês, italiano e alemão se reunirão neste domingo à noite, em Paris , para estudar uma forma de ajudar a Itália a enfrentar a chegada de imigrantes a sus portos, informou nesta sexta-feira uma fonte francesa envolvida no encontro.

O ministro francês Gérard Collomb receberá seus homólogos italiano e alemão , Marco Minniti e Thomas de Maizière, e ao comissário europeu de Migração, Dimitris Avramopoulos.

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A reunião acontece depois que a Itália ameaçou, na quarta-feira, negar a entrada em seus portos de barcos estrangeiros que transportam emigrantes resgatados no Mediterrâneo.

"O objetivo é ter um enfoque coordenado e concertado sobre os fluxos migratórios no Mediterrâneo central" e "ver como podemos ajudar melhor os italianos", antes da reunião informal de ministros do Interior da União Europeia, prevista para 6 de julho em Tallin, na Estônia, disse essa fonte à AFP.

A Itália pede uma maior solidariedade de seus sócios europeus frente a crise migratória.

O país registrou desde o início do ano mais de 73.300 chegadas de imigrantes, 14% a mais do que no mesmo período de 2016. A maioria deles vêm da Líbia.

"Se continuarmos com esses números, a situação não vai poder ser administrada, inclusive em um país grande e aberto como o nosso", declarou o presidente italiano Sergio Matterella em Ottawa.

O primeiro-ministro Paolo Gentilonio pediu, por sua vez, aos demais países da UE que façam uma "contribuição concreta" para ajudar Roma.

A Comissão Europeia incitou o governo italiano a estabelecer um diálogo.

"Entendemos as preocupações da Itália e apoiamos seu apelo para mudar a situação", declarou nessa quinta-feira uma porta-voz da Comissão. Mas "toda mudança de política deve ser abordada primeiro com os demais Estados-membros", acrescentou.

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