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França finaliza evacuação de refugiados do acampamento de Calais

Um grupo de agentes antidistúrbios afastou os últimos integrantes do acampamento, conhecido como a "selva"

Calais: alguns dizem que não querem ir aos albergues propostos pelo governo francês (Pascal Rossignol/Reuters)
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EFE

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 12h06.

Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 12h19.

Paris - As autoridades francesas deram nesta quarta-feira por terminada a evacuação do acampamento de imigrantes de Calais, o maior do país, enquanto boa parte do mesmo ardia em chamas.

Um grupo de agentes antidistúrbios afastou os últimos integrantes do acampamento, conhecido como a "selva", para evitar problemas com os múltiplos incêndios declarados no mesmo.

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A governadora regional (delegada do governo) de Calais, Fabienne Buccio, indicou que o centro de seleção aberto a poucos metros do acampamento seguirá funcionando até o final do dia para receber todos aqueles que queiram ir a um dos 450 albergues abertos pelo Executivo em todo o país.

Buccio afirmou em entrevista coletiva em Calais que 5 mil pessoas já foram registradas no centro de seleção e que têm previstas 1,6 mil vagas para o dia de hoje.

A governadora regional calculou que restam 1 mil pessoas sem registro, imigrantes que abandonaram a "selva" para fugir das chamas e que se encontram nos limites da mesma.

Alguns dizem que não querem ir aos albergues propostos pelo governo francês porque a intenção continua sendo passar para o Reino Unido de forma clandestina.

Buccio afirmou que, por enquanto, não ocorreu nenhuma detenção de imigrantes.

"Todo o mundo se registrou de forma voluntária, aceitaram as alternativas de amparo propostas", disse Buccio, para quem com esta operação "se vira uma página importante" na história de Calais.

A governadora regional precisou que quatro afegãos foram detidos como supostos responsáveis dos incêndios declarados na "selva" e insistiu que muitos desses fogos respondem a uma tradição local dos imigrantes, em particular dos afegãos, de queimar as casas antes de abandoná-las.

O porta-voz do Ministério do Interior, Pierre-Henri Brandet, acrescentou, por sua vez, que 1.500 menores foram abrigados no centro provisório aberto junto à "selva", composto de contêineres, à espera que se trate sua situação.

Algo menos de 300 foram enviados já ao Reino Unido, país que se comprometeu com a França a receber os que possam demonstrar que têm parentes nesse país.

Buccio disse que hoje mesmo começará de forma mais sistemática a destruição dos barracos que restaram.

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