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França expulsará quem ameaçar ordem pública em nome do islã

Na semana passada várias manifestações foram convocadas após a publicação das charges de Maomé


	O ministro francês do Interior, Manuel Valls: "os que estão em nosso território para desafiar nossas leis, para atacar os fundamentos de nossa sociedade, não devem permanecer nela"
 (Frederick Florin/AFP)

O ministro francês do Interior, Manuel Valls: "os que estão em nosso território para desafiar nossas leis, para atacar os fundamentos de nossa sociedade, não devem permanecer nela" (Frederick Florin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 08h59.

Estrasburgo - O ministro francês do Interior, Manuel Valls, afirmou nesta quinta-feira em Estrasburgo que não hesitará em obter a expulsão daqueles que alegam falar em nome do islã e representam uma ameaça para a ordem pública.

"Não hesitarei em fazer expulsar os que se reclamam do islã e representam uma ameaça grave para a ordem pública e que, estrangeiros em nosso país, não respeitem nossas leis e nossos valores", declarou Manuel Valls, ministro do Interior e de Cultos, ao inaugurar uma mesquita em Estrasburgo.

"Os pregadores do ódio, os partidários do obscurantismo, os integristas, os que querem atacar nossos valores e nossas instituições, os que negam os direitos das mulheres, não têm espaço na República. Os que estão em nosso território para desafiar nossas leis, para atacar os fundamentos de nossa sociedade não devem permanecer nela", completou.

"O racismo, o fundamentalismo não são o islã", ressaltou Valls, antes de elogiar a prudência dos líderes muçulmanos que pediram calma a sua comunidade após a publicação por uma revista satírica de charges de Maomé, assim como "a maturidade demonstrada pelos muçulmanos da França na ocasião".

"Para estar na França ou para viver na França, não há nenhuma necessidade de renunciar a sua fé nem de renegar suas origens", completou.

Na semana passada, várias manifestações foram convocadas após a publicação das charges de Maomé, mas o governo francês proibiu as manifestações e mobilizou um importante dispositivo policial preventivo.

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