França acusa homem preso na Bélgica de ajudar no ataque de Paris
A Justiça acusa o suposto jihadista dos crimes de participação em atentado, cumplicidade de assassinato e tentativa de assassinato em grupo organizado
EFE
Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 15h53.
Bruxelas/Paris - Mohamed Bakkali, suposto jihadista entregue nesta sexta-feira pela Bélgica à França, foi acusado neste país como colaborador logístico dos atentados de 13 de novembro de 2015 nas cidades de Paris e Saint Denis, assim como pelo ataque frustrado em um trem entre Amsterdã (Holanda) e a capital francesa em agosto daquele mesmo ano.
Segundo informaram à Agência Efe fontes jurídicas, a Justiça francesa acusa o suposto jihadista dos crimes de participação em atentado criminoso, cumplicidade de assassinato e tentativa de assassinato em grupo organizado, além de cumplicidade de sequestro, pelas ações em Paris e Saint-Denis.
Quanto à ação no trem Thalys, que foi frustrada pela intervenção de vários passageiros, Bakkali foi acusado por ato criminoso e tentativa de assassinato.
Devido à gravidade das acusações, o Ministério Público francês solicitou que o réu seja mantido em prisão provisória.
Bakkali foi detido em Bruxelas em 26 de novembro de 2015 e, desde então, é mantido sob custódia das autoridades.
A Câmara do Conselho de Bruxelas autorizou seu entrega à França em julho de 2016 com a condição de que a França o enviasse de volta após o julgamento para cumprir a pena na Bélgica.
A Justiça francesa considera que Bakkali contribuiu com a logística dos atentados de 13 de novembro que provocaram 130 mortos em vários estabelecimentos e cafés de Paris, na casa de shows Bataclan e nos arredores do Stade da France, em Saint-Denis.
Bakkali é suspeito de ter alugado um carro nas imediações dos vilarejos de Charleroi e Auvelais, no sul da Bélgica, onde foram preparados os atentados.
Os investigadores acreditam que ele alugou um carro utilizado na preparação dos atentados, e também um apartamento onde se acredita que foram elaborados os cinturões com explosivos usados pelos terroristas.
A polícia também o coloca como responsável pelo aluguel do refúgio no distrito de Schaerbeek, em Bruxelas, onde foram fabricados os cinturões com explosivos utilizados no ataque em Paris.
Bakkari também teria alugado outro apartamento nesse mesmo distrito, no qual teriam se refugiado os irmãos Ibrahim e Khalid el Bakraoui antes dos atentados de 22 de março de 2016 em Bruxelas, que deixaram 32 mortos.