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França acaba com lei que proibia homens gays de doar sangue

A França decidiu acabar com uma lei de mais de 30 anos que proibia homens gays de doar sangue


	Doação de sangue: a discriminação contra doadores de sangue em potencial com base na orientação sexual é inaceitável, disse ministra
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Doação de sangue: a discriminação contra doadores de sangue em potencial com base na orientação sexual é inaceitável, disse ministra (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2015 às 17h43.

Paris - A França decidiu acabar com uma lei de mais de 30 anos que proibia homens gays de doar sangue, uma medida originalmente adotada para conter a disseminação de doenças como a Aids.

A ministra da Saúde, Marisol Touraine, afirmou nesta quarta-feira que a discriminação contra doadores de sangue em potencial com base na orientação sexual é inaceitável, pois presume que todos os homens gays têm HIV.

Depois de uma revisão da medida desde 2012, Marisol optou por acabar com a exclusão que estava em vigor desde 1983 e que foi depois reforçada três vezes.

"Doar sangue é um ato generoso que não pode ser condicionado pela orientação sexual", disse ela num discurso sobre o tema.

"Com base nas propostas que me foram feitas, eu decidi acabar com a exclusão na doação de sangue de homens que fazem sexo com homens." Touraine afirmou que a doação de sangue por homens gays passaria a ser permitida na França a partir da próxima primavera (outono no Brasil) e que seria monitorada pelos parâmetros rigorosos já existentes.

Homens que não tiveram relação sexual ou que tiveram somente com um homem nos últimos quatro meses poderão doar sangue, declarou a ministra.

A França tem o maior índice de HIV entre homens gays na Europa. Metade dos novos infectados entre 2003 e 2008 são homens que tiveram sexo com outros homens, de acordo com a Corte de Justiça da União Europeia.

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