Mundo

Forza Itália não apoiará candidato nomeado por Mattarella

O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, afirmou que apesar da coalizão com a Liga Norte, não votará a favor de Carlo Cottarelli para primeiro ministro

O presidente italiano vetou a indicação de um possível ministro de Economia e sua decisão fez com que Conte renunciasse o cargo (Alessandro Bianchi/Reuters)

O presidente italiano vetou a indicação de um possível ministro de Economia e sua decisão fez com que Conte renunciasse o cargo (Alessandro Bianchi/Reuters)

E

EFE

Publicado em 28 de maio de 2018 às 14h33.

Roma - O líder do Forza Itália, o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, afirmou nesta segunda-feira que, apesar da coalizão com a Liga Norte, o partido não votará a favor do economista Carlo Cottarelli para formar governo no país.

O ex-prêmie ressaltou que não pode ter outra postura em relação a Cottarelli e ao governo técnico proposto por ele após ser indicado pelo presidente do país, Sergio Mattarella. Berlusconi também disse esperar que a aliança com a Liga Norte se mantenha.

"Aos que me perguntam qual será o futuro da centro-direita, respondo que não imagino outra solução nas próximas eleições do que disputá-las em coalizão. Vejo uma aliança certamente destinada a prevalecer, também pela possibilidade da minha candidatura", disse.

Berlusconi expressou dessa forma a ideia de voltar a se candidatar ao cargo de primeiro-ministro. E explicou que já está "reabilitado" pela Justiça para exercer outra vez cargos públicos.

A coalizão liderada pela Liga Norte e pelo Forza Itália recebeu 37% dos votos nas últimas eleições, mas o Movimento Cinco Estrelas (M5S) foi o partido mais votado no pleito, com 32,7%.

Mattarella vetou no domingo o economista Paolo Savona, de 82 anos, como possível ministro de Economia em um governo liderado por M5S e Liga Norte. O presidente justificou a decisão por criticar as posturas contrárias ao euro do candidato ao cargo.

A decisão de Mattarella fez com que Giuseppe Conte, designado para tentar formar governo no país, renunciasse à missão. Hoje, o presidente indicou Cotarelli, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), para a tarefa.

Cottarelli deverá apresentar seus ministros nas próximas horas e tentar conseguir o apoio do parlamento. O principal obstáculo é a oposição do M5S e da própria Liga, que controlam Senado e Câmara.

Se não obtiver o apoio necessário, Cottarelli confirmou que novas eleições serão convocadas para depois de agosto. MS5 e Liga pedem a realização imediata de um novo pleito, criticando Mattarella por considerar que ele traiu a democracia com sua decisão.

O líder do M5S, Luigi Di Maio, classificou a indicação de Cottarelli como "absurda" e "vergonhosa".

"Ninguém votará a favor disso no parlamento, só o Partido Democrático (do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi", afirmou o líder da Liga Norte, Matteo Salvini.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaEleiçõesItália

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil