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Fortuna dos mais ricos atinge o maior nível histórico, afirma estudo

Número de pessoas com patrimônio acima de um milhão de dólares aumentou 5,1% entre 2023 e 2024

Dólar (halduns/Getty Images)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 5 de junho de 2024 às 07h12.

O mundo nunca teve tantas pessoas ricas e sua fortuna nunca foi tão elevada, graças aos investimentos na Bolsa, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, 5, pela consultoria Capgemeni.

O número de ricos no mundo, que para a Capgemeni são as pessoas cujo capital disponível, sem considerar sua residência habitual, ultrapassa um milhão de dólares, aumentou 5,1% em um ano e alcançou a marca de 22,8 milhões em 2023, afirma o estudo "World Wealth Report".

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A fortuna desta categoria de pessoas também aumentou, com umpatrimônio total avaliado em 86,8 trilhões de dólares, ou seja, 4,7% a mais do que um ano antes.

Os dois valores representam recordes desde que a Capgemini começou a publicar o estudo anual, em 1997.

O aumento das fortunas é consequência, sobretudo, do crescimento das Bolsas de todo o mundo: o índice americano Nasdaq cresceu 43% e o S&P 500 avançou 24% em 2023; o CAC 40 de Paris subiu 16% e o DAX de Frankfurt 20%.

"As ações cresceram com o mercado de tecnologia, estimuladas pelo entusiasmo provocado pela inteligência artificial generativa e seu potencial impacto na economia", afirmou a Capgemeni, que avalia a situação de 71 países e utiliza, como metodologia, um sistema de registros estatísticos e uma representação gráfica chamada curva de Lorenz.

Em 2022, o patrimônio dos mais ricos teve o retrocesso mais expressivo em 10 anos, devido à queda das cotações.

No ano passado, a América do Norte registrou o maior avanço no número de milionários, com um aumento de 7,1%, e também no valor da fortuna (+7,2%), à frente da Ásia-Pacífico e da Europa.

O nível de riqueza e o aumento paralelo das desigualdades motivaram, nos últimos anos, vários debates sobre como fazer com que as grandes fortunas contribuam de maneira mais eficiente com os impostos.

No G20, Brasil e França defendem a adoção de um imposto mínimo mundial para os maiores patrimônios, que poderia render 250 bilhões de dólares adicionais, caso os 3 mil bilionários do planeta pagassem ao menos o equivalente a 2% da sua fortuna em impostos sobre a renda, uma das hipóteses debatidas.

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