Rio de Janeiro - As fortes chuvas que atingiram o sudeste nas últimas horas deixaram pelo menos 14 mortos e centenas de desabrigados no estado do Rio de Janeiro, onde várias cidades estão em estado de alerta e equipes continuam os trabalhos de resgate.

As autoridades informaram que o número de mortos na região serrana do Rio de Janeiro passou dos sete registrados nesta madrugada para 14, e confirmaram que pelo menos três pessoas estão desaparecidas.

Um boletim parcial do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro indicou que entre a noite de terça-feira e a madrugada desta quarta-feira ocorreram 30 deslizamentos de terra que soterraram casas em Nova Friburgo, Teresópolis e Itaipava, cidades na região serrana do estado.

Os bombeiros afirmaram que os estragos causaram "várias vítimas", mas o balanço oficial só será divulgado "quando os trabalhos de resgate forem encerrados".

De acordo com a imprensa local que citou fontes dos Governos municipais, pelo menos 11 pessoas morreram em Teresópolis e outras três faleceram num desmoronamento de um pequeno edifício em Nova Friburgo.

Um caminhão de bombeiros que estava no lugar foi destruído parcialmente pelo desmoronamento do prédio.

O major do Centro de Operações do Corpo de Bombeiros, Gil Kempers, explicou que o número de vítimas pode aumentar pelas dificuldades de comunicação entre a central e os quartéis, muitos deles sem energia elétrica e sem linhas telefônicas.

Entre segunda-feira e terça-feira um forte temporal causou a morte de 13 pessoas em diferentes pontos do estado de São Paulo.

O rio Tietê inundou ruas e a principal via de ligação com a cidade de São Paulo, resultando em imensas filas de automóveis.

Em Minas Gerais pelo menos 16 pessoas morreram desde novembro e 65 cidades estão em estado de emergência.

As chuvas que começaram em novembro forçaram o deslocamento de mais de 100 mil pessoas em toda a região sudeste do país e causaram um número extra-oficial de quase 60 mortos.