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Forte terremoto de 6,4 graus atinge a Argentina

O terremoto aconteceu no noroeste da Argentina, perto da fronteira com o Chile. Até o momento, autoridades não anunciaram se houve mortos e feridos

Forte terremoto de 6,4 graus atinge a Argentina (USGS/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 07h34.

Última atualização em 19 de janeiro de 2021 às 08h17.

Um terremoto de 6,8 de magnitude, ocorrido a oito quilômetros de profundidade, atingiu a Argentina na madrugada desta terça-feira 19. O epicentro foi registrado na província de San Juan (ao oeste do país, na fronteira com o Chile), mas o tremor também foi sentido na vizinha Mendoza e, em menor escala, em muitas outras áreas do país. O terremoto foi seguido por pelo menos outros sete tremores secundários.

"Até o momento não há mortes, apenas duas crianças com traumatismo moderado e um idoso com traumatismo grave que está sendo transferido para o hospital", disse o governador de San Juan, Sergio Uñac, em entrevista coletiva na qual detalhou os danos materiais mais proeminentes deixados pelo terremoto em várias partes da província.

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Nas redes sociais, moradores de São Paulo e do Rio Grande do Sul afirmaram que também sentiram os tremores. "Tava quase dormindo, me senti um pouco mareada. Olhei pro lado e a cortina do quarto estava num vaivém. Reflexos do terremoto argentino aqui em SP", escreveu, no Twitter a apresentadora Rita Lobo. O abalo se espalhou ainda para o Chile. "Estou em Santiago (no Chile) e foi horrível (...) Estou no 20º andar e por um momento eu achei que ia desabar tudo", publicou outra usuária do Twitter.

De acordo com o Instituto Nacional de Prevenção Sísmica da Argentina, o terremoto ocorreu às 23h46 perto da cidade de San Juan de Media Agua. Em seguida, nas duas horas seguintes, foram registrados sete tremores secundários menos intensos, entre 3,2 e 4,9 graus pela escala Richter e com 8 a 15 quilômetros de profundidade.

Depois do terremoto mais forte, os cidadãos não demoraram muito para relatar na mídia e nas redes sociais cortes de energia, danos a casas e lojas e rachaduras em estradas.

Miguel Castro, do centro sismológico de Mendoza, disse ao canal TN que o tremor foi percebido em outras áreas do país porque "a magnitude foi grande e a profundidade pequena", já que "as ondas sísmicas viajam muitos quilômetros, ainda mais quando se trata de uma magnitude dessa envergadura".

O especialista acrescentou que o terremoto o fez lembrar o de 23 de novembro de 1977 na cidade de Caucete, que teve magnitude de 7,4, com 65 mortos e mais de 300 feridos. "Mas desta vez o epicentro estava localizado a cerca de 47 quilômetros a sudoeste da cidade de San Juan, onde há uma série de falhas ativas que pertencem ao vale Pie de Palo. E uma falha que surge à superfície no rio San Juan também está muito próxima", disse ele.

Usuários de redes sociais em San Juan e outras partes do país, como Córdoba (centro) e até mesmo em Buenos Aires, a mais de mil quilômetros do epicentro, disseram ter sentido o terremoto e alguns postaram vídeos mostrando episódios do tremor.

San Juan é uma das áreas com maior incidência sísmica na Argentina e é lá que em 1944 foi registrado o pior terremoto do país, que causou a morte de cerca de 10 mil pessoas. Por isso, possui edificações preparadas para resistir a esse tipo de evento natural. (Com agências internacionais).

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