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Forças de Trípoli derrubam avião do general Hafter

Segundo relato, o aparelho foi abatido por mísseis antiaéreos do "Maylis al Shura" na cidade de Sidi Mansur


	General Khalifa Hafter: soldados do grupo "Maylis al Shura" derrubaram o avião com um míssil terra-ar
 (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

General Khalifa Hafter: soldados do grupo "Maylis al Shura" derrubaram o avião com um míssil terra-ar (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 11h52.

Trípoli - As forças afins ao governo de Trípoli derrubaram nesta segunda-feira em Benghazi um avião militar da unidade "Al Karama", a ofensiva bélica dirigida pelo chefe do Exército leal a Tobruk, o general Khalifa Hafter, informou à Agência Efe uma fonte de segurança dessa cidade.

Segundo seu relato, o aparelho foi abatido por mísseis antiaéreos do "Maylis al Shura" na cidade de Sidi Mansur, no sul de Benghazi, após receber um ataque contra suas posições nos bairros de Buatni e Al Laiti.

Soldados do grupo "Maylis al Shura" derrubaram o avião com um míssil terra-ar, mas o piloto sobreviveu ao saltar de paraquedas, acrescentou a fonte.

Benghazi, segunda cidade em importância da Líbia, é vítima há mais de ano e meio de um intenso assédio por parte das forças de Khalifa Hafter, um general que ajudou Muammar Kadafi a atacar o poder e que anos depois se transformou em um de seus maiores opositores no exílio.

Após retornar ao país em 2011, no início da revolução, se transformou em chefe do Exército fiel ao governo de Tobruk e em um dos maiores empecilhos para o sucesso do plano de paz que auspicia a ONU.

A Líbia é um estado fracassado, vítima da guerra civil e o caos, desde que em 2011 a comunidade internacional apoiasse a revolta rebelde contra a ditadura de Kadafi.

Desde as últimas eleições, o poder está dividido entre dois governos, um em Trípoli e outro em Tobruk, que lutam pelo controle do país apoiados por grupos islamitas, senhores da guerra, líderes tribais e contrabandistas de petróleo, armas, pessoas e drogas.

Do conflito se aproveitam grupos afins ao braço líbia do jihadista Estado Islâmico (EI) e à organização da Al Qaeda no Magrebe Islâmico, que começaram a avançar pela costa mediterrânea e estendido sua influência ao norte da África.

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