Exame Logo

Força Sindical convoca manifestação contra incentivos

A opinião dos sindicalistas é de que as medidas anunciadas pelo governo hoje serão insuficientes

Paulinho da Força disse que a Força Sindical alugou 2.500 ônibus para transportar manifestantes e afirmou que São Paulo ficará caótica (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 18h29.

São Paulo - A Força Sindical, um dos maiores sindicatos do país, convocou uma grande manifestação para esta quarta-feira em São Paulo com o objetivo de protestar contra as medidas anunciadas pelo Governo para apoiar a indústria, que de acordo com a opinião dos sindicalistas, são 'insuficientes'.

O sindicato convocou os trabalhadores a fazer uma manifestação na manhã desta quarta-feira na frente da Assembleia Legislativa de São Paulo, capital da principal região industrial do Brasil, e segundo seus próprios cálculos, esperam reunir cerca de 100 mil pessoas.

O presidente do sindicato, Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força, disse que as medidas anunciadas nesta terça-feira pela presidente, Dilma Rousseff, são 'importantes' mas 'muito pontuais', ao beneficiar apenas 11 subsetores dos 127 que integram o tecido industrial do país, segundo ele.

'As medidas não tocam os grandes problemas da desindustrialização. Não atacam as taxas de juros nem o câmbio, não podemos ser o campeão mundial de juros altos e ter um câmbio que quebra a indústria', disse Paulinho, que também é deputado federal, em entrevista à rádio 'Estadão ESPN'.

O dirigente disse que a Força Sindical alugou 2.500 ônibus para transportar manifestantes e afirmou que São Paulo ficará caótica.

O pacote anunciado nesta terça-feira pelo Governo, que pretende ajudar a indústria, o setor mais castigado pela crise, custará ao erário cerca de R$ 20 bilhões.

A medida mais ambiciosa exime provisoriamente do pagamento de impostos sobre faturamento (20%) 15 setores afetados pela crise e que utilizam mão de obra intensiva, como os têxteis, confecções, móveis, plásticos, peças de automóvel, bens de capital e autopeças.

O Governo também decidiu aumentar as linhas de crédito para a indústria e concedeu cortes tributários para investimentos em infraestrutura e para setores como o automobilístico.

Paulinho criticou que os benefícios fiscais às fabricantes de automóveis sejam aplicados não apenas às companhias brasileiras, mas também às que produzem parte das peças nos parceiros do Mercosul ou no México, país com o qual o Brasil tem um acordo neste setor.

'O pacote do setor do automóvel fala de conteúdo regional, o que significa que vamos importar peças da Argentina ou do México em detrimento de nossa indústria', disse o sindicalista.

O líder sindical também criticou que sejam oferecidos benefícios fiscais para setores que não precisam, como o de iluminação, que de acordo com ele já não produz uma só lâmpada no país.

Veja também

São Paulo - A Força Sindical, um dos maiores sindicatos do país, convocou uma grande manifestação para esta quarta-feira em São Paulo com o objetivo de protestar contra as medidas anunciadas pelo Governo para apoiar a indústria, que de acordo com a opinião dos sindicalistas, são 'insuficientes'.

O sindicato convocou os trabalhadores a fazer uma manifestação na manhã desta quarta-feira na frente da Assembleia Legislativa de São Paulo, capital da principal região industrial do Brasil, e segundo seus próprios cálculos, esperam reunir cerca de 100 mil pessoas.

O presidente do sindicato, Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força, disse que as medidas anunciadas nesta terça-feira pela presidente, Dilma Rousseff, são 'importantes' mas 'muito pontuais', ao beneficiar apenas 11 subsetores dos 127 que integram o tecido industrial do país, segundo ele.

'As medidas não tocam os grandes problemas da desindustrialização. Não atacam as taxas de juros nem o câmbio, não podemos ser o campeão mundial de juros altos e ter um câmbio que quebra a indústria', disse Paulinho, que também é deputado federal, em entrevista à rádio 'Estadão ESPN'.

O dirigente disse que a Força Sindical alugou 2.500 ônibus para transportar manifestantes e afirmou que São Paulo ficará caótica.

O pacote anunciado nesta terça-feira pelo Governo, que pretende ajudar a indústria, o setor mais castigado pela crise, custará ao erário cerca de R$ 20 bilhões.

A medida mais ambiciosa exime provisoriamente do pagamento de impostos sobre faturamento (20%) 15 setores afetados pela crise e que utilizam mão de obra intensiva, como os têxteis, confecções, móveis, plásticos, peças de automóvel, bens de capital e autopeças.

O Governo também decidiu aumentar as linhas de crédito para a indústria e concedeu cortes tributários para investimentos em infraestrutura e para setores como o automobilístico.

Paulinho criticou que os benefícios fiscais às fabricantes de automóveis sejam aplicados não apenas às companhias brasileiras, mas também às que produzem parte das peças nos parceiros do Mercosul ou no México, país com o qual o Brasil tem um acordo neste setor.

'O pacote do setor do automóvel fala de conteúdo regional, o que significa que vamos importar peças da Argentina ou do México em detrimento de nossa indústria', disse o sindicalista.

O líder sindical também criticou que sejam oferecidos benefícios fiscais para setores que não precisam, como o de iluminação, que de acordo com ele já não produz uma só lâmpada no país.

Acompanhe tudo sobre:ImpostosIncentivos fiscaisIndústriaPolítica no BrasilProtestosSindicatos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame