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Foragido, ex-ministro guatemalteco negociou propina com Odebrecht

Estes pagamentos a funcionários públicos da Guatemala ocorreram de maneira "estipulada" até 24 de abril de 2015 através de "offshore"

Dinheiro: ex-ministro pediu aos diretores 7,5% dos 300 milhões (Mario Tama/Getty Images)

Dinheiro: ex-ministro pediu aos diretores 7,5% dos 300 milhões (Mario Tama/Getty Images)

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EFE

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 06h27.

Cidade da Guatemala - O ex-ministro das Comunicações da Guatemala e ex-candidato à Presidência, Alejandro Sinibaldi, atualmente foragido da Justiça, foi a pessoa que administrou e negociou as propinas com a construtora Odebrecht, de acordo com a procuradora-geral, Thelma Aldana.

Ela explicou na quarta-feira, durante entrevista coletiva, que as três testemunhas deste caso asseguraram, nesta primeira fase da investigação, que foi Sinibaldi quem "administrou e concretizou com os diretores da Odebrecht" o pagamento das propinas.

O ex-ministro pediu aos diretores 7,5% dos 300 milhões e os pagamentos seriam feitos por meio de Juan Arturo Jegeerlehner, encarregado de abrir uma conta para receber parte desta quantidade em um banco de Antígua e Barbuda.

Estes pagamentos a funcionários públicos da Guatemala ocorreram de maneira "estipulada" até 24 de abril de 2015 através de "offshore" e contas no exterior, cujos beneficiários eram Sinibaldi; o ex-candidato à Presidência, Manuel Baldizón, detido em Miami desde o último sábado; e Carlos Arturo Batres Gil, foragido.

Sinibaldi se reuniu pela primeira vez com diretores da Odebrecht em dezembro de 2011 e no ano seguinte, quando o ex-ministro assumiu seu cargo, e assinou o contrato para a reabilitação e ampliação para quatro pistas da rodovia CA2, a obra da construtora brasileira na Guatemala que está inacabada, mas cuja construção começou em junho de 2013.

"Foi estabelecido que Sinibaldi concordou com uma percentagem de propinas com representantes da Odebrecht, que deveriam ser pagas todas as vezes que a empresa recebia os desembolsos provenientes do empréstimo internacional", explicou Thelma Aldana, se referindo a um crédito outorgado pelo Banco Centro-americano de Integração Econômica (BCIE) para este projeto.

O ex-ministro recebeu, através de testas de ferro, US$ 11,6 milhões, Batres US$ 4,9 milhões e Baldizón, que devia receber US$ 3 milhões, ficou apenas com US$ 1,3 milhão.

Sobre Sinibaldi pesam vários mandados de prisão por diferentes casos.

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