FMI vê 'riscos consideráveis' na Espanha e pede reformas
Segundo o fundo, a economia espanhola voltou a crescer graças às exportações fortes, mas com riscos negativos
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2011 às 14h47.
Madri - O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse ver riscos consideráveis associados à economia da Espanha e exortou o governo espanhol a redobrar seus esforços para a implementação de reformas. "O reparo da economia está incompleto e os riscos são consideráveis", disse o Fundo, em comunicado, depois de uma reunião de representantes da instituição com o governo local.
Segundo o FMI, a economia espanhola voltou a crescer graças às exportações fortes. O comunicado ressalvou que "os riscos negativos dominam a perspectiva de crescimento"; entre os fatores desfavoráveis ao desempenho da economia espanhola estariam a piora das condições financeiras e o nível do desemprego, que continua a ser elevado.
Bancos
O presidente do Banco Central da Espanha, Miguel Angel Fernandez Ordoñez, afirmou que os bancos do país tomaram passos decisivos para aumentar sua solvência, mas reconheceu que novos testes de estresse podem revelar necessidades de capital adicionais.
"Os testes de estresse que estão sendo realizados na Europa vão mostrar a extensão da necessidade das instituições por mais capital para cenários extremos", disse Ordoñez, que também é membro do conselho diretor do Banco Central Europeu (BCE). Mas a deficiência de capital na Espanha deverá ser pequena, segundo ele.
A autoridade bancária europeia deverá anunciar no próximo mês os resultados dos testes de estresse feitos com 90 bancos europeus, em um esforço para solucionar os prolongados receios sobre a saúde das instituições de crédito de muitos países.
Ordoñez destacou que se os bancos não conseguirem levantar capital novo de fontes privadas, o estatal Fundo para Reestruturação Ordenada dos Bancos (FROB) poderá fornecer os recursos, o que resultaria em um "impacto relativamente moderado sobre o nível de dívida pública da Espanha".
Os bancos espanhóis estão em processo para levantar 15 bilhões de euros em capital para cumprir os novos níveis mínimos de solvência até setembro - como foi determinado pelo governo. Quatro bancos pediram fundos do FROB. A Espanha foi forçada a fazer o esforço adicional para ajudar os bancos e aumentar a confiança do investidor enquanto as instituições lidam com o colapso de um boom de uma década no setor de construção.
Ordoñez reiterou sua opinião de que a ordem do governo para que os bancos aumentassem o capital foi suficiente para "garantir a força dos sistema bancário espanhol". No entanto, a autoridade reconheceu que muitos investidores e analistas independentes têm questionado se os bancos da Espanha precisam de mais capital para se proteger no caso de uma forte desaceleração da economia do país.
A agência de classificação de risco Moody's, por exemplo, estima que os bancos espanhóis precisam de entre 40 bilhões de euros e 50 bilhões de euros em capital novo. As informações são da Dow Jones.
Madri - O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse ver riscos consideráveis associados à economia da Espanha e exortou o governo espanhol a redobrar seus esforços para a implementação de reformas. "O reparo da economia está incompleto e os riscos são consideráveis", disse o Fundo, em comunicado, depois de uma reunião de representantes da instituição com o governo local.
Segundo o FMI, a economia espanhola voltou a crescer graças às exportações fortes. O comunicado ressalvou que "os riscos negativos dominam a perspectiva de crescimento"; entre os fatores desfavoráveis ao desempenho da economia espanhola estariam a piora das condições financeiras e o nível do desemprego, que continua a ser elevado.
Bancos
O presidente do Banco Central da Espanha, Miguel Angel Fernandez Ordoñez, afirmou que os bancos do país tomaram passos decisivos para aumentar sua solvência, mas reconheceu que novos testes de estresse podem revelar necessidades de capital adicionais.
"Os testes de estresse que estão sendo realizados na Europa vão mostrar a extensão da necessidade das instituições por mais capital para cenários extremos", disse Ordoñez, que também é membro do conselho diretor do Banco Central Europeu (BCE). Mas a deficiência de capital na Espanha deverá ser pequena, segundo ele.
A autoridade bancária europeia deverá anunciar no próximo mês os resultados dos testes de estresse feitos com 90 bancos europeus, em um esforço para solucionar os prolongados receios sobre a saúde das instituições de crédito de muitos países.
Ordoñez destacou que se os bancos não conseguirem levantar capital novo de fontes privadas, o estatal Fundo para Reestruturação Ordenada dos Bancos (FROB) poderá fornecer os recursos, o que resultaria em um "impacto relativamente moderado sobre o nível de dívida pública da Espanha".
Os bancos espanhóis estão em processo para levantar 15 bilhões de euros em capital para cumprir os novos níveis mínimos de solvência até setembro - como foi determinado pelo governo. Quatro bancos pediram fundos do FROB. A Espanha foi forçada a fazer o esforço adicional para ajudar os bancos e aumentar a confiança do investidor enquanto as instituições lidam com o colapso de um boom de uma década no setor de construção.
Ordoñez reiterou sua opinião de que a ordem do governo para que os bancos aumentassem o capital foi suficiente para "garantir a força dos sistema bancário espanhol". No entanto, a autoridade reconheceu que muitos investidores e analistas independentes têm questionado se os bancos da Espanha precisam de mais capital para se proteger no caso de uma forte desaceleração da economia do país.
A agência de classificação de risco Moody's, por exemplo, estima que os bancos espanhóis precisam de entre 40 bilhões de euros e 50 bilhões de euros em capital novo. As informações são da Dow Jones.