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FMI quer criar fundo verde de US$ 100 bi

Reserva financeira ajudaria países a lidar com as mudanças climáticas

Diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse que fundo climático financiará projetos com baixa emissão de gases poluentes (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está trabalhando em propostas para a criação de um "Fundo Verde" que deve chegar a US$ 100 bilhões, de acordo com anúncio feito no fim de semana pelo diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, no Fórum Econômico Mundial, em Davos. O fundo será destinado a financiar projetos com baixa emissão de carbono.

Strauss-Kahn afirmou que a proposta finalizada será divulgada pelo FMI em poucas semanas. De acordo com informações divulgadas na página do FMI na internet, o chamado "Fundo Verde" poderia ser criado, em parte, com emissões em Direitos Especiais de Saque (DES), um ativo de reserva internacional criado pelo FMI. As discussões para o financiamento do fundo serão feitas com banqueiros centrais e ministros das Finanças dos membros do FMI.

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Em um debate em Davos, Strauss-Kahn disse que os países em desenvolvimento não têm os recursos para financiar as medidas necessárias para lidar com a mudança climática, enquanto os países desenvolvidos estão com uma grande carga de dívida pública, em consequência do combate à crise econômica mundial. Os recursos do Fundo Verde auxiliariam o avanço de um modelo de crescimento econômico com baixa emissão de carbono, à medida que os países se recuperam da crise econômica global e ainda enfrentam desafios derivados da mudança climática, acrescentou o diretor-gerente do FMI.

Na opinião de Stauss-Kahn, o financiamento para lidar com os desafios impostos pelas questões climáticas "não pode ser visto como um problema que não pode ser resolvido". Segundo o FMI, o endividamento público derivado da crise financeira faz com que seja necessário encontrar soluções alternativas para financiar projetos com baixa emissão de carbono. No evento, Strauss-Kahn argumentou que a crise mundial criou um problema de sustentabilidade fiscal para diversos países e que pode levar até sete anos para ser resolvido. As informações são da Dow Jones.

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