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FMI minimiza preocupações com finanças da Hungria

Declarações sobre problemas no déficit húngaro foram feitas às vésperas da chegada de uma missão do FMI a Budapeste

Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI: Hungria já havia recebido um pacote de ajuda de 20 bi de euros em 2008 (Georges Gobet/AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2010 às 12h25.

Luxemburgo - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, afirmou nesta segunda-feira que não há preocupações em relação à situação financeira da Hungria, que está deixando os mercados tensos.

"Parece-me que não há um elemento particular de preocupação relativo à Hungria", declarou aos jornalistas em Luxemburgo, depois de um encontro com o primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker.

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A situação orçamentária húngara está na mira dos mercados financeiros após as declarações alarmistas de duas de suas autoridades sobre o estado das finanças do país. Isso ocorreu às vésperas do início dos trabalhos de uma missão do FMI nesta segunda-feira em Budapeste.

Um secretário de Estado, Mihaly Varga, e o vice-presidente do Partido no poder, Lajos Kosa, criaram na quinta-feira um movimento de pânico, o primeiro prevendo um forte aumento do déficit, e o segundo afirmando que "a Hungria está em uma situação comparável à da Grécia".

Fortemente afetada pela crise econômica global, a Hungria recebeu um resgate de 20 bilhões de euros (24 bilhões de dólares) do FMI, do Banco Mundial e da União Europeia em novembro de 2008.


O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, rejeitou nesta segunda-feira qualquer comparação entre a situação orçamentária catastrófica da Grécia, e a da Hungria.

"Não", respondeu firmemente Rehn ao ser perguntado em Luxemburgo se havia similaridades.

O euro chegou nesta segunda-feira ao seu nível mais baixo em quatro anos e derrubou as praças financeiras na Ásia e na Europa por causa da Hungria e de números decepcionantes do emprego nos Estados Unidos.

Strauss-Kahn relativizou os problemas econômicos europeus. "Quando analisamos, por exemplo, os índices da dívida, os déficits externos, os déficits públicos, eles não são imensamente superiores na Europa em comparação com o restante do mundo", assegurou.

Strauss-Kahn pediu que os governos europeus encontrem um "compromisso" entre a necessidade "de colocar as finanças públicas em ordem e (a preocupação) em não romper o crescimento".


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