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FMI: europeus defendem Lagarde e emergentes buscam consenso

Reunião do G8 serviu para líderes do continente expressarem seu apoio a atual ministra das Finanças francesa

Christine Lagarde: emergentes ainda não decidiram um candidato para disputar com ela (Dominique Charriau/Getty Images)

Christine Lagarde: emergentes ainda não decidiram um candidato para disputar com ela (Dominique Charriau/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h33.

Deauville, França - Representantes da cúpula do G8 defenderam nesta quinta-feira em Deauville (França) a candidatura da ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, ao principal cargo do FMI, também pretendido por países emergentes.

O presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou nesta quinta-feira que "seria apropriado que o diretor do FMI fosse um europeu", durante coletiva de imprensa no primeiro dia da reunião do G8 realizada nesta cidade do noroeste da França.

A designação do novo diretor-gerente do FMI não está na agenda oficial da cúpula, mas tem sido abordada em conversas de bastidores. O presidente da União Europeia (UE), o belga Herman Van Rompuy, foi o primeiro a respaldar publicamente a candidatura de Lagarde em Deauville. "Não a apoiamos por ser europeia, mas sim por entendermos que ela é a pessoa mais qualificada", disse.

Desde o início da reunião estava claro que os dirigentes das oito economias mais importantes do mundo com peso no conselho de administração do FMI iriam falar sobre a sucessão de Strauss-Kahn, que renunciou ao cargo após sofrer acusações de agressão sexual e tentativa de estupro nos Estados Unidos.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse na quarta-feira em Paris que seu país esperará pelo fim do prazo de apresentação de candidatos, no dia 10 de junho, para se pronunciar, mas deixou claro que, "oficialmente, os EUA são favoráveis a que mulheres muito qualificadas e experimentadas possam dirigir instituições maiores como o FMI", declarou ela, deixando evidente a posição americana.

A Rússia, que faz parte do seleto clube dos oito e que também integra os Brics (Brasil, Índia, China e África do Sul), considerou que esse grupo deveria ter "uma representação mais ampla" no controle do FMI.

Os emergentes pedem uma maior representatividade devido ao aumento da sua participação na economia mundial e reclamam o posto mais importante do FMI, ocupado por um europeu desde 1945.

A China, por exemplo, pediu que o novo diretor-gerente do FMI seja designado após uma "consulta democrática" que contemple "uma melhor representação dos emergentes".

Já o ministro das Finanças da Índia, Pranab Mukherjee, declarou que está em contato com seus pares em vários países emergentes para apoiar um cadidato consensual.

Um dos nomes mais cotados entre os emergentes é o de Agustín Carstens, presidente do Banco Central do México.

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