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FMI diz que epicentro da crise está na Europa

O alerta foi feito pelo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn

Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI: G20 pode ser tornar “instituição irrelevante” (Arquivo/Getty Images)

Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI: G20 pode ser tornar “instituição irrelevante” (Arquivo/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 08h38.

Londres - A “velha senhora” se transformou no “epicentro” da crise no planeta. O alerta é do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, que ontem admitiu que apesar dos pacotes para Grécia e Irlanda e dos inúmeros pacotes de austeridade, “o futuro da Europa é mais incerto do que nunca”.

Strauss-Kahn ainda soou outro sinal de alarme: se os países não abandonarem suas posições nacionalistas e não voltarem a cooperar, há risco real de que o G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) se transforme em uma “instituição irrelevante” em 2011. Para ele, está na hora de os governos tomarem decisões difíceis: ou acelerar as reformas internas e do sistema internacional, ou estar preparados para uma nova crise.

Falando ontem em Genebra, o francês não deixou dúvidas de que, para o FMI, a crise não acabou, mas que o epicentro mudou de lugar e há meses já não está nos Estados Unidos. “É a Europa hoje que não consegue sair da crise. A situação na Europa continua preocupante e o futuro é mais incerto do que nunca”, afirmou. “Não acredito que o euro esteja ameaçado. Mas se a Europa não se arrumar logo, terá períodos longos de um crescimento pequeno e difícil”, afirmou o francês, cotado para a presidência francesa em 2012.

Para Strauss Kahn, as consequências da crise estão “longe de acabar” na Europa. “Na Ásia, grande parte dos países já saíram da crise. Na América Latina, para a surpresa de muitos, a crise já passou. O Brasil está crescendo e outros, como o Peru, também a taxas de 5%, 6% e 7%”, afirmou. “O problema está com os países europeus, ainda em grandes dificuldades”, disse, apontando para os déficits orçamentários e a crise nos bancos como os principais problemas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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