FMI considera 'enorme' a incerteza sobre economia do Japão
Previsão de crescimento da economia japonesa caiu dois décimos devido ao terremoto; FMI considera que prejuízo pode alcançar até 5% do PIB
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2011 às 15h06.
Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou nesta segunda-feira que a incerteza sobre o futuro da economia japonesa é "enorme" devido às dúvidas sobre o custo exato do terremoto e os problemas na usina nuclear de Fukushima.
O terremoto de março interrompeu a boa atividade econômica do Japão, que cresceu quase 4% em 2010 graças ao impacto das medidas de estímulo fiscal e ao crescimento das exportações, lembra o FMI.
O Fundo prevê em seu relatório semestral "Perspectivas Econômicas Mundiais" divulgado nesta segunda-feira que o Japão crescerá 1,4% neste ano, dois décimos a menos que o previsto em janeiro devido ao terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março, e 2,1% em 2012.
"A incerteza sobre o Japão é enorme neste momento", disse nesta segunda-feira em entrevista coletiva o economista do FMI Abdul Abiad, que explicou que a tal incerteza é resultado da falta de informação sobre o impacto exato sobre o Produto Interno Bruto (PIB) japonês do recente terremoto.
O economista também mencionou que as estimativas oficiais acreditam que o dano poderia ser entre 3% e 5% do PIB, cerca do dobro dos danos originados pelo terremoto que atingiu a cidade de Kobe em 1995.
"Ainda existe incerteza sobre essa estimativa", disse Abiad, em referência às projeções oficiais do custo econômico ocasionado pelo terremoto e posterior tsunami.
O relatório divulgado nesta segunda-feira pelo FMI destaca, nesse sentido, que os cálculos oficiais não levam em conta o possível impacto das interrupções no fornecimento de energia elétrica e os riscos associados com a crise na usina nuclear de Fukushima Daiichi.
As projeções do FMI assumem que tanto as interrupções no sistema elétrico como a crise nuclear serão resolvidos "em poucos meses".
Entretanto, Abiad qualificou hoje de "grande incerteza" o tempo que será necessário até que as interrupções na cadeia de abastecimento e do sistema elétrico se encerrem.
"Nossas projeções assumem que estas interrupções se resolverão em um período limitado, em apenas alguns meses, mas claramente há riscos substanciais", afirmou o economista do FMI que também lembrou dos potenciais canais de transmissão da crise japonesa, ao assinalar que a situação poderia afetar outros países via vínculos comerciais, canais financeiros e mediante o papel do Japão na cadeia global de fornecimento.
O Banco Mundial (BM) previu em um relatório publicado no dia 20 de março que o custo do terremoto no Japão poderia oscilar entre os US$ 122 bilhões e US$ 235 bilhões, representando cerca de 2,5% a 4% do PIB japonês.
Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou nesta segunda-feira que a incerteza sobre o futuro da economia japonesa é "enorme" devido às dúvidas sobre o custo exato do terremoto e os problemas na usina nuclear de Fukushima.
O terremoto de março interrompeu a boa atividade econômica do Japão, que cresceu quase 4% em 2010 graças ao impacto das medidas de estímulo fiscal e ao crescimento das exportações, lembra o FMI.
O Fundo prevê em seu relatório semestral "Perspectivas Econômicas Mundiais" divulgado nesta segunda-feira que o Japão crescerá 1,4% neste ano, dois décimos a menos que o previsto em janeiro devido ao terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março, e 2,1% em 2012.
"A incerteza sobre o Japão é enorme neste momento", disse nesta segunda-feira em entrevista coletiva o economista do FMI Abdul Abiad, que explicou que a tal incerteza é resultado da falta de informação sobre o impacto exato sobre o Produto Interno Bruto (PIB) japonês do recente terremoto.
O economista também mencionou que as estimativas oficiais acreditam que o dano poderia ser entre 3% e 5% do PIB, cerca do dobro dos danos originados pelo terremoto que atingiu a cidade de Kobe em 1995.
"Ainda existe incerteza sobre essa estimativa", disse Abiad, em referência às projeções oficiais do custo econômico ocasionado pelo terremoto e posterior tsunami.
O relatório divulgado nesta segunda-feira pelo FMI destaca, nesse sentido, que os cálculos oficiais não levam em conta o possível impacto das interrupções no fornecimento de energia elétrica e os riscos associados com a crise na usina nuclear de Fukushima Daiichi.
As projeções do FMI assumem que tanto as interrupções no sistema elétrico como a crise nuclear serão resolvidos "em poucos meses".
Entretanto, Abiad qualificou hoje de "grande incerteza" o tempo que será necessário até que as interrupções na cadeia de abastecimento e do sistema elétrico se encerrem.
"Nossas projeções assumem que estas interrupções se resolverão em um período limitado, em apenas alguns meses, mas claramente há riscos substanciais", afirmou o economista do FMI que também lembrou dos potenciais canais de transmissão da crise japonesa, ao assinalar que a situação poderia afetar outros países via vínculos comerciais, canais financeiros e mediante o papel do Japão na cadeia global de fornecimento.
O Banco Mundial (BM) previu em um relatório publicado no dia 20 de março que o custo do terremoto no Japão poderia oscilar entre os US$ 122 bilhões e US$ 235 bilhões, representando cerca de 2,5% a 4% do PIB japonês.