Final da Copa cria expectativa para cúpula de Putin e Trump
Horas antes da final, Putin recebeu uma visita do presidente francês Emmanuel Macron, que estava em Moscou
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de julho de 2018 às 10h27.
Moscou - A final da Copa do Mundo neste domingo em Moscou, entre França e Croácia, se transformou em um palco para a preparação da cúpula entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump , na segunda-feira, na Finlândia.
Horas antes da final, Putin recebeu uma visita do presidente francês Emmanuel Macron, que estava em Moscou para prestigiar seu time em busca do segundo título mundial. Segundo o Kremlin, porém, o futebol não é o único tema na agenda.
De acordo com o principal assistente Putin, Yuri Ushakov, russos e franceses vão debater o encontro entre Putin e Trump, além dos resultados da cúpula da OTAN, na semana passada.
"Esperamos que o presidente francês nos relate os resultados da cúpula da OTAN", disse Ushakov, neste domingo. "Naturalmente, vários dos aspectos de nosso contar com Trump em Helsinki vão ser discutidos também", explicou.
O francês já esteve na Copa para acompanhar seu time nas semifinais. Mas não manteve contatos com Putin. Sua presença foi alvo de controvérsias na Europa, diante de uma pressão de alguns governos para que não se usasse a ocasião para dar prestígio ao presidente russo.
Macron tem mantido canais abertos com Trump e esteve com ele em Bruxelas na semana passada. "Vamos falar também do que esperamos de nosso lado", explicou o Kremlin. Macron e Putin também vão tratar do "desenvolvimento das relações entre os dois países".
Além dos franceses, Putin receberá cerca de 11 chefes de estado para a final, entre eles, a croata Kalinda Grabar-Kitarovic. O primeiro ministro húngaro, Viktor Orban, é outro que está em Moscou.
Um dos principais convidados, porém, é o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani. Ele receberá de Putin, de forma simbólica, o desafio de organizar a próxima Copa do Mundo, em 2022. Sua escolha foi repleta de escândalos de corrupção e a construção de seus estádios é denunciada por sindicatos e ativistas como sendo conduzida com trabalho semi-escravo.