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Filhos de Fujimori apresentam pedido de indulto humanitário

A solicitação foi entregue por Keiko, Hiro, Sachi e Kenji, os quatro filhos de Fujimori, que governou o Peru de 1990 até 2000

Alberto Fujimori cumpre uma condenação de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade e corrupção (Koichi Kamoshida/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 21h42.

Lima - Os filhos do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, que cumpre uma condenação de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade e corrupção, apresentaram nesta quarta-feira uma solicitação formal de indulto humanitário a seu favor.

A solicitação foi entregue na sede do Ministério da Justiça e Direitos Humanos por Keiko, Hiro, Sachi e Kenji, os quatro filhos de Fujimori, que governou o Peru de 1990 até 2000.

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Keiko Fujimori declarou aos jornalistas que o documento está sustentado por relatórios médicos sobre o estado de saúde de seu pai, que sofre de um câncer que está controlado.

"Esperamos que este indulto humanitário, feito com critério médico, seja resolvido com um critério humano", disse antes de entregar o documento.

A filha de Fujimori, que no ano passado foi derrotada por Ollanta Humala na disputa eleitoral pela presidência do Peru, acrescentou que se dirigirá ao Palácio do Governo de Lima junto com seus irmãos para entregar uma carta pessoal dirigida ao atual chefe de Estado .

Na carta, acrescentou, comunicarão a Humala somente o pedido de indulto, mas não será incluída a documentação completa com a sustentação da solicitação.

Keiko esclareceu, além disso, que não se reunirá com Humala, mas entregará a carta "para que ele tenha conhecimento do procedimento que já foi iniciado".


A filha de Fujimori garantiu no fim de semana passado que seu pai não voltará a participar ativamente da política, caso seja concedido o indulto.

Também afirmou que Fujimori está disposto a pagar a reparação civil de perto de 27 milhões de sóis (R$ 21,22 milhões).

Fujimori, de 74 anos, foi operado no dia 19 de setembro por conta de uma lesão recorrente na língua e teve complicações em sua cicatrização, e por isso teve que voltar a ser hospitalizado nove dias depois.

O anúncio da solicitação de indulto gerou polêmica no Peru, com pedidos para que o presidente Ollanta Humala o conceda e opiniões de que isso significaria perpetuar a impunidade no país.

O Executivo peruano afirmou que o tema será analisado de acordo com os critérios estabelecidos por lei e que a decisão final de Humala não será influenciada por um componente político.

Segundo as normas peruanas, o pedido de indulto será avaliado por uma comissão especial encarregada destes casos e que, sem nenhum prazo determinado, deverá enviar um relatório ao presidente Humala, que tomará uma decisão definitiva.

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