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Filha de superintendente da Valec foi para o Dnit

Ela era tratada como funcionária do departamento

Luiz Antônio Pagot, diretor afastado do Dnit, diss quehá falta de funcionários, de computadores. No entanto, denúncias de nepotismo derrubaram funcionária do departamento (Wilson Dias/ABr)

Luiz Antônio Pagot, diretor afastado do Dnit, diss quehá falta de funcionários, de computadores. No entanto, denúncias de nepotismo derrubaram funcionária do departamento (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 15h46.

São Paulo - O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) empregou até ontem a filha de Oswaldo de Almeida Simões Júnior, superintendente de Administração da Valec, empresa estatal que cuida de ferrovias. Patrícia Merola Simões era funcionária terceirizada e, segundo o Dnit, foi retirada do órgão, o que ocorreu após o jornal O Estado de S. Paulo pedir informações sobre o caso.

Patrícia era secretária na assessoria parlamentar do órgão, onde, segundo o próprio Dnit, "atendia telefonemas e recebia pessoas". Ela assessorava o irmão do senador Magno Malta (PR-ES), Maurício Pereira Malta, que chefia a assessoria parlamentar da autarquia. Em um primeiro contato com a reportagem, na quarta-feira, a assessoria de comunicação do Dnit tratou Patrícia Simões como funcionária do órgão.

"Patrícia Merola Simões trabalha como secretária na assessoria parlamentar, onde atende telefonemas e recebe as pessoas. É funcionária terceirizada, de nível médio, com um salário bruto de R$ 1.800", informou então a comunicação social do órgão.

Ontem, no entanto, a informação era outra. Alertada pela reportagem de que duas denúncias de nepotismo cruzado haviam sido encaminhadas à ouvidoria do Dnit, a autarquia afirmou que a ouvidora "terminou nesta semana uma sindicância iniciada há 30 dias e recomendou à Diretoria de Administração e Finanças a devolução da funcionária à empresa, o que já foi feito".

Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, Patrícia estava na assessoria parlamentar do Dnit havia pelo menos três anos - como ela era funcionária terceirizada, não é possível confirmar a informação no Portal da Transparência do governo federal, que mostra apenas as datas de contratação de funcionários concursados e em cargos de confiança.

Oswaldo de Almeida Simões, pai de Patrícia, é superintendente de administração da Valec desde setembro de 2005, aliado de Mauro Barbosa, diretor-geral do Dnit afastado e exonerado do cargo após a revelação de esquemas de cobrança de propina no órgão. Procurada, a Valec não se manifestou sobre o caso. A reportagem não conseguiu contatar Oswaldo de Almeida Simões Júnior e Patrícia Simões para comentarem o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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