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Fidel Castro surpreende em eleições cubanas

Fidel costumava votar em casa, no oeste de Havana, mas apareceu em público para votar no domingo

Fidel Castro cumprimenta eleitores em Havana: ""Estou seguro de que o povo (cubano) é um povo verdadeiramente revolucionário, e que fez enormes sacrifícios", afirmou (AFP/Marcelino Vazquez Hernandez)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 22h32.

Um Fidel Castro curvado reapareceu em público para votar no domingo, depois de três meses de ausência, na única novidade de eleições sem surpresas, que levarão seguramente à reeleição de seu irmão Raúl Castro para presidente de Cuba .

Os cubanos viram na televisão um Fidel, de 86 anos, apoiado em uma bengala, votando em um colégio do bairro de El Vedado, em Havana, onde conversou durante mais de uma hora com outros eleitores e com jornalistas cubanos sobre diversos temas, incluindo a saúde de sua amigo e aliado o presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Chávez "está muito melhor, recuperando-se. Foi uma luta forte, mas está melhorando. Temos que curá-lo. Chávez é muito importante para seu país e para a América Latina", disse Fidel, que apagou de vez os rumores sobre uma suposta deterioração do seu estado de saúde.

Ele acrescentou que é informado "todos os dias" sobre o estado de saúde de Chávez, de 58 anos, que foi hospitalizado em 10 de dezembro em um hospital de Havana e submetido no dia seguinte a uma quarta cirurgia na luta contra um câncer.

Fidel Castro, entregou o comando a seu irmão Raúl em julho de 2006 devido a graves problemas de saúde, aproveitou a oportunidade para criticar seu adversário de meio século, Estados Unidos, e elogiou a criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), da qual Cuba assumiu a presidência há uma semana.

"Estou seguro de que o povo (cubano) é um povo verdadeiramente revolucionário, e que fez enormes sacrifícios. Não tenho que provar, a história provou, 50 anos de bloqueio (embargo dos Estados Unidos a Cuba), e não conseguiram, nem poderão", disse o líder comunista.

Desde que ficou doente em 2006, Fidel votava em casa, no oeste de Havana, e, por isso, muitos cubanos ficaram surpresos ao vê-lo na televisão.

"Não o achei muito bem, falou com coerência, apesar de sua idade. É um homem que se mantém com muita vontade, mas já está muito velhinho", disse à AFP María Rosa Fernández, dona de casa de 65 anos.

"Está muito envelhecido, mas melhor do que eu pensava. Fidel se mantém de pé e lutando", disse Zenia Rosales, dona de casa de 40 anos.

Fidel e Raúl Castro foram dois dos 612 deputados eleitos nas eleições, que tiveram o mesmo número de candidatos propostos, em um processo que terá certamente no final do mês a reeleição de Raúl como presidente para um segundo --e último-- mandato de cinco anos.

Fidel defendeu o sistema eleitoral, que é questionado pelos dissidentes, que o chamam de "farsa" ou "corrida de um cavalo" porque não há candidatos opositores nem campanha, em um país de regime unipartidário, onde todos os meios de comunicação estão sob controle do Estado e qualquer oposição é ilegal.

"Aqui as eleições não são como nos Estados Unidos, onde apenas uma minoria vota. Não podemos deixar que isso aconteça, porque aqui manda o povo", disse Castro, que se negou a revelar em quem votou "para não violar a lei".

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Um Fidel Castro curvado reapareceu em público para votar no domingo, depois de três meses de ausência, na única novidade de eleições sem surpresas, que levarão seguramente à reeleição de seu irmão Raúl Castro para presidente de Cuba .

Os cubanos viram na televisão um Fidel, de 86 anos, apoiado em uma bengala, votando em um colégio do bairro de El Vedado, em Havana, onde conversou durante mais de uma hora com outros eleitores e com jornalistas cubanos sobre diversos temas, incluindo a saúde de sua amigo e aliado o presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Chávez "está muito melhor, recuperando-se. Foi uma luta forte, mas está melhorando. Temos que curá-lo. Chávez é muito importante para seu país e para a América Latina", disse Fidel, que apagou de vez os rumores sobre uma suposta deterioração do seu estado de saúde.

Ele acrescentou que é informado "todos os dias" sobre o estado de saúde de Chávez, de 58 anos, que foi hospitalizado em 10 de dezembro em um hospital de Havana e submetido no dia seguinte a uma quarta cirurgia na luta contra um câncer.

Fidel Castro, entregou o comando a seu irmão Raúl em julho de 2006 devido a graves problemas de saúde, aproveitou a oportunidade para criticar seu adversário de meio século, Estados Unidos, e elogiou a criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), da qual Cuba assumiu a presidência há uma semana.

"Estou seguro de que o povo (cubano) é um povo verdadeiramente revolucionário, e que fez enormes sacrifícios. Não tenho que provar, a história provou, 50 anos de bloqueio (embargo dos Estados Unidos a Cuba), e não conseguiram, nem poderão", disse o líder comunista.

Desde que ficou doente em 2006, Fidel votava em casa, no oeste de Havana, e, por isso, muitos cubanos ficaram surpresos ao vê-lo na televisão.

"Não o achei muito bem, falou com coerência, apesar de sua idade. É um homem que se mantém com muita vontade, mas já está muito velhinho", disse à AFP María Rosa Fernández, dona de casa de 65 anos.

"Está muito envelhecido, mas melhor do que eu pensava. Fidel se mantém de pé e lutando", disse Zenia Rosales, dona de casa de 40 anos.

Fidel e Raúl Castro foram dois dos 612 deputados eleitos nas eleições, que tiveram o mesmo número de candidatos propostos, em um processo que terá certamente no final do mês a reeleição de Raúl como presidente para um segundo --e último-- mandato de cinco anos.

Fidel defendeu o sistema eleitoral, que é questionado pelos dissidentes, que o chamam de "farsa" ou "corrida de um cavalo" porque não há candidatos opositores nem campanha, em um país de regime unipartidário, onde todos os meios de comunicação estão sob controle do Estado e qualquer oposição é ilegal.

"Aqui as eleições não são como nos Estados Unidos, onde apenas uma minoria vota. Não podemos deixar que isso aconteça, porque aqui manda o povo", disse Castro, que se negou a revelar em quem votou "para não violar a lei".

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