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Fidel: ataque da Otan à Líbia é 'fato inevitável'

Segundo o líder cubano, objetivo seria controlar o petróleo no país

Segundo Fidel, EUA e Otan temem que controle do petróleo seja perdido no mundo árabe (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 12h24.

Havana - O líder cubano Fidel Castro afirmou nesta quinta-feira que uma intervenção militar da Otan na Líbia, com o objetivo de controlar o petróleo aproveitando a "guerra civil" nesse país, é "inevitável".

"Não podem deixar de aproveitar o conflito interno surgido na Líbia para promover a intervenção militar. As declarações feitas pela administração dos Estados Unidos desde o primeiro instante foram categóricas nesse sentido", afirmou Fidel, em mais um artigo publicado na imprensa estatal.

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"Estados Unidos e Otan estão seriamente preocupados com a onda revolucionária desatada no mundo árabe, onde se gera grande parte do petróleo que mantém a economia de consumo dos países desenvolvidos e ricos".

"As circunstâncias não podiam ser mais propícias. Nas eleições de novembro, a direita republicana aplicou um golpe contundente ao presidente Barack Obama, especialista em retórica".

"O grupo fascista da 'missão cumprida' (em referência ao ex-presidente George W. Bush), apoiado agora ideologicamente pelos extremistas do Tea Party, reduziu as possibilidades do atual presidente a um papel meramente decorativo, no qual periga, inclusive, seu programa de saúde e a duvidosa recuperação da economia", acrescentou.

No artigo da semana passada, Fidel afirmou que os Estados Unidos e a Otan fazem uma "dança macabra de cinismo" ao incentivar uma guerra civil na Líbia, em busca do controle do petróleo.

"Nada teria de estranho a intervenção militar na Líbia, com o que, além disso, garantiria à Europa quase dois milhões de barris diários do petróleo leve", indica Fidel, em seu segundo artigo sobre o tema.

Para Fidel, que conheceu pessoalmente Kadhafi quando visitou a Líbia em maio de 2001, o que acontece nesse país é uma guerra civil na qual "ninguém no mundo jamais ficará de acordo com a morte de civis indefesos".

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