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Fernández diz que Evo Morales poderá se asilar na Argentina após sua posse

O presidente eleito da Argentina afirmou que ofereceria asilo para Evo Morales logo após a sua renuncia, caso já estivesse no poder

Argentina: Fernández começa seu governo no dia 10 de dezembro (Patrick Haar/Getty Images)

Argentina: Fernández começa seu governo no dia 10 de dezembro (Patrick Haar/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2019 às 17h52.

Buenos Aires — O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, disse nesta quinta-feira que o ex-presidente boliviano Evo Morales poderá se asilar no país sul-americano depois que ele iniciar seu mandato no dia 10 de dezembro.

"A Argentina é a casa de todos os bolivianos, e para mim, no dia em que chegar à presidência, será uma honra receber Evo Morales e (o ex-vice-presidente boliviano) Álvaro García Linera no país", disse Fernández em uma coletiva de imprensa na capital uruguaia Montevidéu.

"Se eu fosse presidente neste momento lhes teria oferecido asilo desde o primeiro dia. A Argentina é sua casa, por isso os receberei com gosto", acrescentou o presidente eleito.

A Argentina faz divisa com a Bolívia e, de acordo com o último censo, a comunidade boliviana constitui a segunda maior coletividade de estrangeiros do país, assim como a segunda mais ativa economicamente.

O governo do atual mandatário argentino, Mauricio Macri, ainda não se pronunciou sobre a legitimidade das novas autoridades bolivianas.

Atualmente, Morales se encontra no México, cujo governo lhe ofereceu asilo político. O líder indígena renunciou no domingo sob pressão, e em meio a enfrentamentos entre simpatizantes e opositores, na esteira da publicação de um relatório que denunciou uma fraude nas eleições presidenciais.

O ex-presidente derrotou o opositor Carlos Mesa na votação contestada de outubro.

Após quatro anos da presidência neoliberal de Mauricio Macri, o cargo passará às mãos do peronista Fernández, que terá como desafio recuperar a economia argentina, atualmente mergulhada em uma recessão e com uma inflação anual de mais de 50%.

No Uruguai, para onde viajou para apoiar Daniel Martínez, candidato presidencial uruguaio da Frente Amplia, o presidente eleito argentino contou que recebeu convites de mandatários europeus para as próximas semanas.

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