Fechar fronteiras a refugiados não é uma solução, diz Unicef
Fechar fronteiras aos refugiados sírios pelos atentados de Paris "não é uma solução" porque isso aumentará a pressão sobre os países vizinhos da Síria, diz ONU
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2015 às 20h34.
Nova York - Fechar as fronteiras aos refugiados sírios pelos atentados de Paris "não é uma solução" porque isso aumentará a pressão sobre os países vizinhos da Síria , que já estão repletos de imigrantes, disse nesta terça-feira o diretor-executivo da Unicef, Anthony Lake.
"Se fecharmos as fronteiras corremos o risco de aumentar a pressão sobre esses países do ponto de vista econômico, político e estratégico, e ninguém tem interesse nisso", declarou Lake em entrevista à AFP.
"Não é uma solução", avaliou Lake, destacando que a Turquia já recebeu dois milhões de sírios, o Líbano mais de um milhão e a Jordânia mais de meio milhão.
Para Lake, não só é preciso tratar a crise migratória e os problemas de segurança imediatos, como também "redobrar os esforços" para resolver o conflito na Síria e atenuar "as pressões enormes" que pesam sobre os países vizinhos, aumentando a ajuda a esses estados.
"As crianças sírias na Jordânia, na Turquia e no Líbano devem receber a educação que precisam para serem capazes de reconstruir Síria e promover a reconciliação em um país destruído por quatro anos de guerra".
Na Turquia há 600.000 crianças sírias em idade escolar, mas somente 200.000 são escolarizadas.
Unicef também se esforça para implementar medidas específicas a favor das crianças que tentam viajar para a Europa. "Entre os refugiados registrados, a proporção de crianças desacompanhadas aumenta rapidamente", ressaltou Lake. Essas crianças representam um terço daqueles que viajam à Macedônia da Grécia, enquanto que em junho só representavam 10%.
A ONU pediu nesta quarta-feira que os países mantenham suas promessas de acolher os imigrantes, inclusive os refugiados sírios, depois dos atentados jihadistas em Paris na última sexta-feira.
O pedido é uma resposta à decisão dessa terça-feira do parlamento da Hungria de autorizar o primeiro-ministro Viktor Orban a levar à justiça as cotas de repartição de migrantes acordadas pela União Europeia.
Nova York - Fechar as fronteiras aos refugiados sírios pelos atentados de Paris "não é uma solução" porque isso aumentará a pressão sobre os países vizinhos da Síria , que já estão repletos de imigrantes, disse nesta terça-feira o diretor-executivo da Unicef, Anthony Lake.
"Se fecharmos as fronteiras corremos o risco de aumentar a pressão sobre esses países do ponto de vista econômico, político e estratégico, e ninguém tem interesse nisso", declarou Lake em entrevista à AFP.
"Não é uma solução", avaliou Lake, destacando que a Turquia já recebeu dois milhões de sírios, o Líbano mais de um milhão e a Jordânia mais de meio milhão.
Para Lake, não só é preciso tratar a crise migratória e os problemas de segurança imediatos, como também "redobrar os esforços" para resolver o conflito na Síria e atenuar "as pressões enormes" que pesam sobre os países vizinhos, aumentando a ajuda a esses estados.
"As crianças sírias na Jordânia, na Turquia e no Líbano devem receber a educação que precisam para serem capazes de reconstruir Síria e promover a reconciliação em um país destruído por quatro anos de guerra".
Na Turquia há 600.000 crianças sírias em idade escolar, mas somente 200.000 são escolarizadas.
Unicef também se esforça para implementar medidas específicas a favor das crianças que tentam viajar para a Europa. "Entre os refugiados registrados, a proporção de crianças desacompanhadas aumenta rapidamente", ressaltou Lake. Essas crianças representam um terço daqueles que viajam à Macedônia da Grécia, enquanto que em junho só representavam 10%.
A ONU pediu nesta quarta-feira que os países mantenham suas promessas de acolher os imigrantes, inclusive os refugiados sírios, depois dos atentados jihadistas em Paris na última sexta-feira.
O pedido é uma resposta à decisão dessa terça-feira do parlamento da Hungria de autorizar o primeiro-ministro Viktor Orban a levar à justiça as cotas de repartição de migrantes acordadas pela União Europeia.