Jeffrey Epstein, ex-financista americano, se matou enquanto aguardava um julgamento por acusações de tráfico sexual (Stephanie Keith / Stringer/Getty Images)
Reuters
Publicado em 27 de dezembro de 2019 às 16h54.
Última atualização em 27 de dezembro de 2019 às 17h06.
O FBI está investigando a socialite britânica Ghislaine Maxwell e várias outras pessoas ligadas ao financista norte-americano Jeffrey Epstein, que se matou enquanto aguardava um julgamento por acusações de tráfico sexual, de acordo com duas fontes a par da investigação.
Elas disseram que o foco principal da investigação do FBI é Maxwell, associada de longa data de Epstein, e outras pessoas que "facilitaram" o suposto comportamento ilegal de Epstein.
Maxwell não foi acusada de nenhuma irregularidade criminosa. Seus advogados, Jeffrey Pagliuca e Ty Gee, não responderam a um pedido de comentário.
O FBI também está seguindo muitas pistas recebidas de mulheres que contataram o disque-denúncia da agência, montado em sua filial de Nova York na esteira da prisão de Epstein em julho, disseram as fontes.
Uma delas disse que o inquérito ainda está nos primeiros estágios.
As fontes não quiseram dar maiores detalhes ou identificar as pessoas que estão analisando além de Maxwell, mas disseram que atualmente o FBI não planeja interrogar o príncipe britânico Andrew, um amigo de Epstein que abdicou de suas funções públicas em novembro devido ao que classificou como sua associação "imprudente" com o administrador financeiro bem relacionado.
Uma porta-voz do FBI não quis comentar.
Um representante da família real britânica disse que a agência ter interrogado ou não Andrew é "um assunto do FBI".
O suicídio de Epstein em agosto, aos 66 anos, ocorreu pouco mais de um mês depois de ele ser preso e acusado de traficar dezenas de meninas menores de idade, algumas de 14 anos, ao menos entre 2002 e 2005. Procuradores disseram que ele recrutou garotas para lhe fazerem massagens que se tornaram de natureza sexual.
Ele havia se declarado inocente.