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Farc encerram trégua e denunciam agressões do governo

As Farc consideravam encerrada a trégua unilateral de um mês que declararam em 15 de dezembro por causa do período natalino

Membro das Farc: organização garante ter cumprido trégua apesar das "agressões" das Forças Armadas colombianas (Luis Robayo/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 12h47.

Havana - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia consideraram nesta quarta-feira encerrada a trégua unilateral de um mês que declararam em 15 de dezembro por causa do período natalino e que a organização garante ter cumprido apesar das "agressões" das Forças Armadas colombianas.

"Podemos assegurar que os poucos fatos de guerra nos quais se viram envolvidas unidades nossas durante um mês corresponderam a ações de legítima defesa produzidas diante da perseguição e assédio delirantes que tropas e unidades policiais praticaram sem descanso", disse a delegação de paz da organização em uma declaração lida em Havana.

As Farc disseram que Executivo realizou neste período uma "investida homicida" e as operações militares "aumentaram em todos os departamentos do país".

Segundo o grupo insurgente, "algumas destas brutais agressões conseguiram parcialmente seus objetivos" mas a maioria foi superada "com sucesso" pelos membros da organização.

"Cinquenta anos de guerra contínua provam que o fim do conflito e a paz não poderão ser alcançadas mediante a repressão e a força bruta do Estado, causas fundamentais do confronto que o alimentam em um círculo infinito", afirmou a guerrilha em uma nota lida pelo negociador das Farc, Jorge Torres Victoria, conhecido como "Pablo Catatumbo".

A guerrilha considerou além disso que os colombianos são cada vez mais conscientes dessa situação e indicou que seguirá "apostando nas vias de diálogo e reconciliação".

A trégua aberta em 15 de dezembro é a segunda que as Farc declararam desde que se iniciaram os diálogos de paz com o governo da Colômbia em Havana.

O primeiro cessar-fogo unilateral começou em 20 de novembro de 2012, um dia depois do início das negociações de paz, e foi cumprido relativamente, já que durante os dois meses que durou foram contabilizadas 57 ações armadas contra a população civil e a polícia, segundo a Defensoria Pública.

O governo colombiano e as Farc retomaram na segunda-feira os diálogos de paz, que até agora conseguiram acordos parciais sobre a questão agrária e sobre o tema da participação política, os dois primeiros pontos da agenda do processo.

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"Podemos assegurar que os poucos fatos de guerra nos quais se viram envolvidas unidades nossas durante um mês corresponderam a ações de legítima defesa produzidas diante da perseguição e assédio delirantes que tropas e unidades policiais praticaram sem descanso", disse a delegação de paz da organização em uma declaração lida em Havana.

As Farc disseram que Executivo realizou neste período uma "investida homicida" e as operações militares "aumentaram em todos os departamentos do país".

Segundo o grupo insurgente, "algumas destas brutais agressões conseguiram parcialmente seus objetivos" mas a maioria foi superada "com sucesso" pelos membros da organização.

"Cinquenta anos de guerra contínua provam que o fim do conflito e a paz não poderão ser alcançadas mediante a repressão e a força bruta do Estado, causas fundamentais do confronto que o alimentam em um círculo infinito", afirmou a guerrilha em uma nota lida pelo negociador das Farc, Jorge Torres Victoria, conhecido como "Pablo Catatumbo".

A guerrilha considerou além disso que os colombianos são cada vez mais conscientes dessa situação e indicou que seguirá "apostando nas vias de diálogo e reconciliação".

A trégua aberta em 15 de dezembro é a segunda que as Farc declararam desde que se iniciaram os diálogos de paz com o governo da Colômbia em Havana.

O primeiro cessar-fogo unilateral começou em 20 de novembro de 2012, um dia depois do início das negociações de paz, e foi cumprido relativamente, já que durante os dois meses que durou foram contabilizadas 57 ações armadas contra a população civil e a polícia, segundo a Defensoria Pública.

O governo colombiano e as Farc retomaram na segunda-feira os diálogos de paz, que até agora conseguiram acordos parciais sobre a questão agrária e sobre o tema da participação política, os dois primeiros pontos da agenda do processo.

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