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Farc criticam procurador-geral da Colômbia

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia criticaram o procurador-geral do país classificado pela organização como "inquisidor" e "perseguidor"

Um rebelde das Farc monitora uma libertação de reféns na Colômbia: procurador-geral é "perseguidor" de "personalidades democráticas", dizem Farc (REUTERS/Jaime Saldarriaga)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 13h40.

Havana - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ) criticaram nesta sexta-feira o procurador-geral do país, Alejandro Ordóñez, classificado pela organização como "inquisidor" e "perseguidor" de "personalidades democráticas" como a ex-senadora Piedad Córdoba e o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro.

"O Ministério Público nunca tinha abrigado uma figura tão reacionária como a do senhor Alejandro Ordóñez, que contrário de suas funções constitucionais montou uma espécie de tirania da inquisição", denunciou as Farc em comunicado lido em Havana pelo guerrilheiro "Pablo Catatumbo", conhecido como Jorge Torres Victoria.

A organização afirmou que Ordóñez não perdoa Piedad Córdoba por "seu compromisso com a paz democrática, com os direitos humanos e com o povo".

"Para a mente reacionária de Ordóñez é impensável que uma mulher, e além disso negra, se dedique à defesa lateral das comunidades e se atreva a questionar o regime", disseram as Farc.

Há uma semana, a Corte Constitucional colombiana decidiu manter a destituição e a inabilitação política de 18 anos que a Procuradoria ordenou em 2010 contra a ex-senadora por sua suposta colaboração com as Farc.

A organização disse em seu comunicado que o procurador-geral colombiano investiu agora contra o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, com quem as Farc dizem manter politicamente "algumas distâncias" mas que consideram independente, livre do bipartidarismo e eleito pelo voto popular.

"Ordóñez não o perdoa por seu compromisso com a defesa do bem público nem por sua visão inclusiva de cidade. Daí sua pretensão de destituí-lo", disse o comunicado.

"É mal precedente para a paz da Colômbia que com o chicote da inquisição se persiga, por um lado uma mulher que abertamente está entregue à reconciliação nacional, e por outro lado, se busque a derrubada de uma prefeitura, que não somente foi escolhida democraticamente, mas que mostrou que é possível fazer política sem armas", afirmaram as Farc.

A guerrilha divulgou a declaração antes de ser iniciado uma nova rodada em Havana dos diálogos de paz entre as Farc e o governo de Juan Manuel Santos, conversas que seguem centradas no tema da participação política, segundo ponto da agenda da negociação.

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Havana - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ) criticaram nesta sexta-feira o procurador-geral do país, Alejandro Ordóñez, classificado pela organização como "inquisidor" e "perseguidor" de "personalidades democráticas" como a ex-senadora Piedad Córdoba e o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro.

"O Ministério Público nunca tinha abrigado uma figura tão reacionária como a do senhor Alejandro Ordóñez, que contrário de suas funções constitucionais montou uma espécie de tirania da inquisição", denunciou as Farc em comunicado lido em Havana pelo guerrilheiro "Pablo Catatumbo", conhecido como Jorge Torres Victoria.

A organização afirmou que Ordóñez não perdoa Piedad Córdoba por "seu compromisso com a paz democrática, com os direitos humanos e com o povo".

"Para a mente reacionária de Ordóñez é impensável que uma mulher, e além disso negra, se dedique à defesa lateral das comunidades e se atreva a questionar o regime", disseram as Farc.

Há uma semana, a Corte Constitucional colombiana decidiu manter a destituição e a inabilitação política de 18 anos que a Procuradoria ordenou em 2010 contra a ex-senadora por sua suposta colaboração com as Farc.

A organização disse em seu comunicado que o procurador-geral colombiano investiu agora contra o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, com quem as Farc dizem manter politicamente "algumas distâncias" mas que consideram independente, livre do bipartidarismo e eleito pelo voto popular.

"Ordóñez não o perdoa por seu compromisso com a defesa do bem público nem por sua visão inclusiva de cidade. Daí sua pretensão de destituí-lo", disse o comunicado.

"É mal precedente para a paz da Colômbia que com o chicote da inquisição se persiga, por um lado uma mulher que abertamente está entregue à reconciliação nacional, e por outro lado, se busque a derrubada de uma prefeitura, que não somente foi escolhida democraticamente, mas que mostrou que é possível fazer política sem armas", afirmaram as Farc.

A guerrilha divulgou a declaração antes de ser iniciado uma nova rodada em Havana dos diálogos de paz entre as Farc e o governo de Juan Manuel Santos, conversas que seguem centradas no tema da participação política, segundo ponto da agenda da negociação.

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