Farc criticam governo no encerramento de diálogo de paz
O chefe da delegação de paz do governo, Humberto de la Calle, não deu declarações ao final do ciclo, o 19º desde o início dos diálogos de paz
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 19h36.
A guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ) concluiu nesta quinta-feira um ciclo de diálogo com o governo colombiano com fortes críticas ao presidente Juan Manuel Santos, acusando-o de "escalar a guerra" no país, enquanto negocia a paz em Havana.
"Não se pode distorcer a realidade, acreditando que é correto escalar a guerra como se não houvesse discussões, ou que se possa antecipar um diálogo fingindo que o país não está sofrendo os estragos da confrontação", disse o chefe negociador das Farc, Iván Márquez, à imprensa, no encerramento dessa fase de negociações.
O chefe da delegação de paz do governo, Humberto de la Calle, não deu declarações ao final do ciclo, o 19º desde o início dos diálogos de paz, em novembro de 2012, para acabar com esse conflito armado de meio século.
As discussões serão retomadas em 3 de fevereiro, depois da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Havana, nas próximas terça e quarta-feira - disse à AFP uma fonte do governo.
Nos últimos dias, o conflito armado aumentou na Colômbia, com uma ofensiva militar em Meta. Pelo menos 26 guerrilheiros das Farc foram mortos na operação, realizada após o término da trégua unilateral da organização pelas festas de fim de ano.
De acordo com o senador colombiano Juan Fernando Cristo, que está em Washington, os Estados Unidos poderão apoiar um segundo Plano Colômbia, se o governo e as Farc chegaram a um acordo sobre a paz.
"Deve haver um plano Colômbia 2, um Plano Colômbia para as vítimas nesse conflito", afirmou o senador, nesta quinta-feira, pedindo que o papel dos Estados Unidos seja "repensado" em uma eventual fase pós-conflito.
Segundo o centro de estudos WOLA, com sede em Washington, a cooperação americana chega a US$ 400 milhões por ano. Desse total, pelo menos dois terços se destinam às forças militares e policiais.
Com um acordo de paz, a ajuda poderia ser redirecionada para o fortalecimento do Estado colombiano nas zonas do conflito e para a indenização das vítimas, restituição de terras, assim como para a substituição de cultivos ilegais, como a coca, sugeriu o senador.
A guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ( Farc ) concluiu nesta quinta-feira um ciclo de diálogo com o governo colombiano com fortes críticas ao presidente Juan Manuel Santos, acusando-o de "escalar a guerra" no país, enquanto negocia a paz em Havana.
"Não se pode distorcer a realidade, acreditando que é correto escalar a guerra como se não houvesse discussões, ou que se possa antecipar um diálogo fingindo que o país não está sofrendo os estragos da confrontação", disse o chefe negociador das Farc, Iván Márquez, à imprensa, no encerramento dessa fase de negociações.
O chefe da delegação de paz do governo, Humberto de la Calle, não deu declarações ao final do ciclo, o 19º desde o início dos diálogos de paz, em novembro de 2012, para acabar com esse conflito armado de meio século.
As discussões serão retomadas em 3 de fevereiro, depois da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Havana, nas próximas terça e quarta-feira - disse à AFP uma fonte do governo.
Nos últimos dias, o conflito armado aumentou na Colômbia, com uma ofensiva militar em Meta. Pelo menos 26 guerrilheiros das Farc foram mortos na operação, realizada após o término da trégua unilateral da organização pelas festas de fim de ano.
De acordo com o senador colombiano Juan Fernando Cristo, que está em Washington, os Estados Unidos poderão apoiar um segundo Plano Colômbia, se o governo e as Farc chegaram a um acordo sobre a paz.
"Deve haver um plano Colômbia 2, um Plano Colômbia para as vítimas nesse conflito", afirmou o senador, nesta quinta-feira, pedindo que o papel dos Estados Unidos seja "repensado" em uma eventual fase pós-conflito.
Segundo o centro de estudos WOLA, com sede em Washington, a cooperação americana chega a US$ 400 milhões por ano. Desse total, pelo menos dois terços se destinam às forças militares e policiais.
Com um acordo de paz, a ajuda poderia ser redirecionada para o fortalecimento do Estado colombiano nas zonas do conflito e para a indenização das vítimas, restituição de terras, assim como para a substituição de cultivos ilegais, como a coca, sugeriu o senador.