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Farc acusam governo colombiano de violar as normas do DIH

As Farc acusam o governo por colocar estações de polícia e unidades militares no meio da população civil, o que fere normas do Direito Internacional Humanitário

Soldados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia: "o Estado colombiano está violando normas do Direito Humanitário Internacional, do qual é signatário" (Pedro Ugarte/AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 13h50.

Havana - As Farc acusaram nesta quinta-feira em Havana (Cuba) o governo colombiano de violar as normas do Direito Internacional Humanitário (DIH) por colocar estações de polícia e unidades militares no meio da população civil.

Em declaração lida pelo chefe guerrilheiro "Pablo Catatumbo", conhecido como de Jorge Torres Victoria, os negociadores de paz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia se referiram aos incidentes ocorridos esta semana na zona rural da El Mango, onde civis atacaram uma estação policial na terça-feira e obrigaram os militares a deixar o posto.

"Os eventos dos últimos dias em El Mango evidenciam que o cansaço da guerra nos colombianos começa a se transformar em rebelião civil contra a polícia em áreas onde sua presença hostil conseguiu a rejeição da população rural", destacou o texto da guerrilha.

As Farc explicaram que fatos similares aconteceram em Argélia, onde camponeses expulsaram policiais que estavam confinados em suas casas, e em Inzá, onde o assassinato de um cidadão por uma patrulha do exército derivou na retenção de 30 soldados pela comunidade indígena do lugar.

Contudo, as autoridades colombianas acusam os camponeses destas regiões de serem guerrilheiros infiltrados, denunciou o grupo insurgente.

Segundo a guerrilha, ao instalar estações policiais e unidades militares no meio dos habitantes, "o Estado colombiano está violando normas do Direito Humanitário Internacional, do qual é signatário".

"O repúdio da população à polícia, manifestado em Argélia e Inzá, é a demonstração clara do fracasso da má técnica política de segurança democrática que já completa 13 anos de implementação", afirmou o texto do grupo.

As Farc pediram que o governo refletisse sobre estes fatos e a que abrisse o caminho para o cessar-fogo bilateral "que exigem as maiorias nacionais e a comunidade internacional".

"É preciso acabar com a guerra, não há outro caminho", destacou o grupo guerrilheiro.

O governo colombiano e a guerrilha estão no meio do 38º ciclo de diálogos de paz, um processo que tem sede permanente em Havana.

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Havana - As Farc acusaram nesta quinta-feira em Havana (Cuba) o governo colombiano de violar as normas do Direito Internacional Humanitário (DIH) por colocar estações de polícia e unidades militares no meio da população civil.

Em declaração lida pelo chefe guerrilheiro "Pablo Catatumbo", conhecido como de Jorge Torres Victoria, os negociadores de paz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia se referiram aos incidentes ocorridos esta semana na zona rural da El Mango, onde civis atacaram uma estação policial na terça-feira e obrigaram os militares a deixar o posto.

"Os eventos dos últimos dias em El Mango evidenciam que o cansaço da guerra nos colombianos começa a se transformar em rebelião civil contra a polícia em áreas onde sua presença hostil conseguiu a rejeição da população rural", destacou o texto da guerrilha.

As Farc explicaram que fatos similares aconteceram em Argélia, onde camponeses expulsaram policiais que estavam confinados em suas casas, e em Inzá, onde o assassinato de um cidadão por uma patrulha do exército derivou na retenção de 30 soldados pela comunidade indígena do lugar.

Contudo, as autoridades colombianas acusam os camponeses destas regiões de serem guerrilheiros infiltrados, denunciou o grupo insurgente.

Segundo a guerrilha, ao instalar estações policiais e unidades militares no meio dos habitantes, "o Estado colombiano está violando normas do Direito Humanitário Internacional, do qual é signatário".

"O repúdio da população à polícia, manifestado em Argélia e Inzá, é a demonstração clara do fracasso da má técnica política de segurança democrática que já completa 13 anos de implementação", afirmou o texto do grupo.

As Farc pediram que o governo refletisse sobre estes fatos e a que abrisse o caminho para o cessar-fogo bilateral "que exigem as maiorias nacionais e a comunidade internacional".

"É preciso acabar com a guerra, não há outro caminho", destacou o grupo guerrilheiro.

O governo colombiano e a guerrilha estão no meio do 38º ciclo de diálogos de paz, um processo que tem sede permanente em Havana.

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