Mundo

Extrema pobreza diminuiu no mundo, segundo ONU

Proporção de pessoas que vivem com menos de US$ 1,25 pro dia caiu de 46%, em 1990, para 27%, em 2005

Criança dorme na rua nas Filipinas: meta das Nações Unidas é chegar à taxa de 15% da chamada "extrema pobreza" em 2015 (Noel Celis/AFP)

Criança dorme na rua nas Filipinas: meta das Nações Unidas é chegar à taxa de 15% da chamada "extrema pobreza" em 2015 (Noel Celis/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2010 às 12h41.

Manama, Bahrein - A pobreza extrema diminuiu no mundo, afirma um relatório das Nações Unidas publicado nesta quarta-feira, que faz um balanço sobre os progressos feitos para cumprir as Metas do Milênio.

"A proporção de pessoas nos países em desenvolvimento que sobrevivem com menos de 1,25 dólar diário passou de 46% em 1990 para 27% em 2005 - sob o efeito dos progressos em China, Sul da Ásia e Leste da Ásia - e deve cair a 15% em 2015", afirma o relatório.

A crise econômica, que começou em 2008 na Europa e na América do Norte, "diminuiu o crescimento nos países em desenvolvimento", mas esse crescimento é "suficientemente forte para sustentar os esforços de redução da pobreza", completa. A organização mantém a previsão de chegar "a 15% até 2015, de acordo com as Metas do Milênio".

Na região da América Latina e Caribe, a cifra passou de 11% em 1990 para até 8% em 2005.

O documento sublinha também os progressos em termos de escolarização primária de diversos países pobres, sobretudo na África, ações vigorosas na luta contra a Aids e malária, e para melhorar a saúde das crianças.


O texto revela boas chances de garantir o acesso à água potável, mas afirma que as dificuldades dos mais pobres, os que vivem nas regiões remotas ou pessoas com alguma deficiência, minam os progressos em outras frentes.

Segundo o documento, apenas a metade da população dos países em desenvolvimento tem acesso a infraestrutura sanitária como banheiros e latrinas. As meninas de comunidades mais pobres têm 3,5 mais chances de abandonar a escola que aquelas que vivem em comunidades ricas, e quatro vezes mais que os meninos na mesma condição.

Em algumas regiões em desenvolvimento, menos da metade das mulheres tem acesso a tratamento médico durante o período de maternidade.

Globalmente, o relatório afirma que a crise econômica provocou muitos danos no emprego, mas que seu impacto não ameaça a realização das Metas do Milênio, que contemplam reduzir a extrema pobreza à metade no mundo até 2015.

Além da redução da pobreza, as Metas do Milênio, fixadas em 2000, consistem em assegurar a educação primária para todos, promover a igualdade dos sexos e a autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, lutar contra a Aids, a malária e outras doenças, preservar o meio ambiente e colocar em andamento um acordo mundial para o desenvolvimento.


Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoONU

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil