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Explosões deixam 27 feridos na Ucrânia

Deste total, "25 pessoas foram hospitalizadas", disse porta-voz do Ministério de Situações de Emergência, acrescentando que quatro estão em estado grave

O presidente Yanukovich classificou como "um desafio lançado ao país inteiro" estes incidentes ocorridos a seis semanas do lançamento da Copa Europeia de futebol (©AFP / Str)

O presidente Yanukovich classificou como "um desafio lançado ao país inteiro" estes incidentes ocorridos a seis semanas do lançamento da Copa Europeia de futebol (©AFP / Str)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 15h54.

Kiev - Pelo menos 27 pessoas ficaram feridas em uma série de quatro explosões em Dnipropetrovsk, no centro da Ucrânia, em supostos atentados que o presidente Viktor Yanukovich classificou de "desafio lançado ao país", que organiza ao lado da Polônia a Eurocopa deste ano.

"No total, 27 pessoas", entre as quais nove crianças, ficaram feridas nas três primeiras explosões, indicou à AFP a porta-voz do Ministério de Situações de Emergência, Yulia Erchova. Uma quarta explosão ocorrida pouco depois não deixou feridos.

Deste total, "25 pessoas foram hospitalizadas", disse Erchova, acrescentando que quatro estão em estado grave.

O presidente Yanukovich classificou como "um desafio lançado ao país inteiro" estes incidentes ocorridos a seis semanas do lançamento da Copa Europeia de futebol.

"Compreendemos que é um desafio lançado ao país inteiro", disse o presidente, segundo a agência Interfax, durante uma viagem ao sul do país, comprometendo-se a mobilizar os melhores investigadores.

"Acredito que tudo vai ser esclarecido. É uma pena que estas coisas aconteçam", acrescentou.

O presidente da Federação Ucraniana de Futebol, Grigori Sourkis, considerou que as explosões tinham como objetivo "comprometer" a Ucrânia tendo em vista a Euro-2012.


"Há muitas razões para acreditar que o objetivo é causar o fracasso a todo preço da organização na Ucrânia do torneio europeu e comprometer nosso Estado aos olhos da comunidade internacional", declarou em um comunicado recebido pela AFP.

Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia, que mantém relações tensas com Kiev devido à detenção da opositora Yulia Timochenko, condenou as explosões e manifestou a sua solidariedade ao povo ucraniano, em um comunicado divulgado nesta sexta-feira em Bruxelas.

A Uefa expressou em um comunicado a sua confiança na Ucrânia. "Esse evento não muda a confiança que a Uefa" tem nas "medidas de segurança" que foram implementadas pelas autoridades para a Euro-2012 e que "garantirão o desenvolvimento festivo do torneio".

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, se disse preocupado. "O contexto da Euro-2012 nos deixa particularmente atentos a esse tipo de evento", afirmou.

Dnipropetrovsk não será sede de partidas da Eurocopa. A cidade está situada a 100 km da sede mais próxima, Donetsk, que receberá a primeira partida, no dia 11 de junho.

A localidade é a terra natal da líder opositora e ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, cuja prisão no ano passado por acusações de abuso de poder e desvio de fundos criou uma crise nas relações da Ucrânia com a União Europeia.

Um legislador opositor, Sergui Pachinsnki, disse à agência Interfax que, em sua opinião, as explosões em Dnipropetrovsk tinham por objetivo desviar a atenção do caso, já que Timoshenko iniciou uma greve de fome e denunciou atos de violência durante uma hospitalização forçada.

Nenhuma informação sobre as razões destes incidentes estava disponível na tarde desta sexta-feira. "Nada está claro no momento", declarou à AFP um funcionário de alto escalão ucraniano, que pediu para não se identificar.

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