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Explosão em aeroporto de Istambul mata funcionária

"Uma explosão, de causa desconhecida, aconteceu às 2H05 na área do estacionamento dos aviões", informou em um comunicado a companhia Pegasus Airlines


	Aeroporto de Istambul: em 2015, o local recebeu 17 milhões de passageiros de voos nacionais e quase nove milhões de voos internacionais
 (Osman Orsal/ Reuters)

Aeroporto de Istambul: em 2015, o local recebeu 17 milhões de passageiros de voos nacionais e quase nove milhões de voos internacionais (Osman Orsal/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2015 às 12h52.

Uma funcionária do serviço de limpeza morreu e outra ficou ferida em uma explosão de origem desconhecida na madrugada desta quarta-feira no segundo aeroporto internacional de Istambul, em um momento de alerta na Turquia por possíveis atentados.

Zehra Yamaç, uma funcionária do serviço de limpeza, de 30 anos, não resistiu aos ferimentos sofridos na cabeça e faleceu poucas horas depois da explosão, que aconteceu na pista do aeroporto Sabiha Gökçen, na parte asiática de Istambul.

Outra funcionária ficou ferida na mão e está hospitalizada.

"Uma explosão, de causa desconhecida, aconteceu às 2H05 (22H05 de Brasília) na área do estacionamento dos aviões", informou em um comunicado a companhia Pegasus Airlines.

"Não havia passageiros no avião, nem nas escadas de acesso. O aeroporto Sabiha Gokcen prossegue com suas operações normalmente", completa o comunicado.

Sabiha Gokcen, que tem o nome da primeira mulher piloto de guerra da Turquia, é o segundo aeroporto internacional de Istambul, depois do aeroporto Ataturk, muito maior e que fica na parte europeia da cidade.

Em 2015, o local recebeu 17 milhões de passageiros de voos nacionais e quase nove milhões de voos internacionais.

"Estamos trabalhando com o governo turco para ajudar na investigação", afirmou Dato Azmi Murad, diretor executivo do aeroporto Sabiha Gökçen.

A explosão aconteceu no momento em que as autoridades turcas afirmam aplicar uma "luta global contra o terrorismo". O país está em alerta desde os atentados de 10 de outubro em Ancara, que deixaram 103 mortos durante uma manifestação pacífica.

A ação foi atribuída à organização jihadista Estado Islâmico (EI), assim como outros dois atentados ocorridos antes na região sudeste do país, de maioria curda.

As autoridades turcas, acusadas de complacência em relação aos grupos islamitas radicais, multiplicaram nos últimos meses as detenções nos círculos jihadistas.

Ancara estabeleceu uma lista de mais de 33.000 potenciais jihadistas procedentes de 123 países e aumentou o número de expulsões, a quase 2.800, segundo o governo.

De modo paralelo, iniciou na semana passada uma ampla ofensiva no sudeste do país contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Depois de mais de dois anos de cessar-fogo, os combates violentos foram retomados entre Ancara e o PKK, o que implodiu as negociações de paz iniciadas em 2012 para acabar com um conflito que deixou mais de 40.000 mortos desde 1984.

Um grupo de extrema-esquerda, o partido Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C), também executou vários ataques em Istambul nos últimos meses.

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