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Explosão deixa ao menos 22 mortos e 30 feridos na Líbia

Fontes de segurança explicaram que o primeiro veículo explodiu quando um grupo de fiéis saía de uma das mesquitas do distrito de Almaniya

Líbia: "Entre os mortos há vários agentes de segurança e integrantes dos serviços de saúde" (Ayman Alwrfaly/Reuters)
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EFE

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 21h34.

Trípoli - Pelo menos 22 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas nesta terça-feira depois que dois carros-bomba explodiram na cidade de Benghazi, a segunda mais importante da Líbia , informaram à Agência Efe fontes de hospitais do país.

Fontes de segurança explicaram que o primeiro veículo explodiu quando um grupo de fiéis saía de uma das mesquitas do distrito de Almaniya, no centro da cidade, e o segundo foi detonado 30 minutos depois, quando os serviços de emergência já tinham chegado ao local.

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"Entre os mortos há vários agentes de segurança e integrantes dos serviços de saúde. Alguns dos feridos estão em estado muito grave", afirmaram as fontes ouvidas pela Efe.

Devido à gravidade de estado de alguns feridos, as fontes não descartam que o número de mortos possa subir nas próximas horas.

A mesquita costuma ser local de reunião de um dos grupos salafistas aliados ao marechal Khalifa Hafter, um ex-membro da cúpula que colocou Muammar al Kadafi no poder. Após ser recrutado pela CIA e se tornar o maior opositor no exílio do ex-ditador, Hafter se transformou no homem forte do país.

A forma como o ataque ocorreu indica que a ação foi cometida por grupos jihadistas, que Hafter enfrentou tanto em Benghazi como em outras cidades do leste do país.

Hafter fez um cerco à cidade, capital do levante contra Kadafi em 2011, em maio de 2014 e, no final de 2017, anunciou sua conquista, apesar dos jihadistas ainda controlarem várias áreas nos arredores.

A Líbia é um Estado falido, vítima do caos e da guerra civil, desde que a comunidade internacional contribuiu militarmente para a vitória dos rebeldes sobre a ditadura de Kadafi em 2011.

Na atualidade, duas autoridades lutam pelo poder: uma em Trípoli, reconhecida pela ONU, e outra na cidade de Tobruk, controlada por Hafter.

Grupos de contrabandistas dedicados ao tráfico de armas, combustível e pessoas, e organizações jihadistas se aproveitam do conflito para expandir suas atividades por todo o território do país.

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