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Explosão de gás em Nova York deixa 3 mortos e 63 feridos

A explosão atingiu um prédio no cruzamento das ruas 116th Street e Park Avenue, no bairro de East Harlem de Nova York

Pedestres se protegem da fumaça no local da explosão: prefeito assinalou que explosão foi provocada por vazamento de gás, segundo primeiros elementos da investigação (AFP)

Pedestres se protegem da fumaça no local da explosão: prefeito assinalou que explosão foi provocada por vazamento de gás, segundo primeiros elementos da investigação (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 21h06.

Uma explosão provocada por gás destruiu nesta quarta-feira dois prédios residenciais de Manhattan, matando três pessoas e ferindo outras 63 no Spanish Harlem, além de deflagrar um grande incêndio, informaram as autoridades.

A explosão atingiu um prédio no cruzamento das ruas 116th Street e Park Avenue, no bairro de East Harlem de Nova York, onde testemunhas disseram ter sido acordadas com o que pareceu ser um terremoto.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, descreveu o fato como uma "tragédia da pior classe", destacando que a polícia e os bombeiros ainda procuram um determinado número de pessoas.

De Blasio assinalou que a explosão foi provocada por um vazamento de gás, segundo os primeiros elementos da investigação.

"Aproximadamente às 09H30 de hoje (10H30 Brasília) ocorreu uma grande explosão que destruiu dois prédios, causada por um vazamento de gás", no Spanish Harlem, um histórico bairro de Manhattan de maioria latina.

Duas mulheres morreram, disse um porta-voz da polícia de Nova York. Posteriormente, os bombeiros informaram mais um óbito provocado pela explosão.

O Hospital Mount Sinai recebeu 22 feridos, incluindo 19 que já tiveram alta, entre eles três crianças. Das três pessoas que seguem internadas, uma se encontra em estado crítico", informou um funcionário.

Segundo a Corporação de Hospitais e Saúde da Cidade de Nova York, outras 30 pessoas foram atendidas "com ferimentos diversos" nos hospitais públicos do Harlem e Metropolitano.

Já o hospital Presbiteriano de Manhattan "recebeu onze pacientes vinculados ao incêndio dos prédios no East Harlem", informou o próprio estabelecimento.


Os serviços de trem saindo e chegando ao terminal Grand Central foram suspensos após a tragédia, ocorrida perto de seus trilhos, mas retornaram ao normal durante a tarde.

Centenas de policiais e bombeiros foram mobilizados com veículos de emergência para socorrer as vítimas.

A companhia de energia Con Edison havia informado anteriormente à AFP que recebeu um telefonema alertando as equipes sobre um possível vazamento de gás às 9h13 locais, poucos minutos antes da explosão.

"Um morador relatou cheiro de gás no interior do prédio residencial em 1652 Park Avenue, mas indicou que o odor poderia estar vindo de fora do prédio", declarou o porta-voz Bob McGee.

"Duas equipes da Con Edison foram enviadas às 9h15 e chegaram logo após a explosão", acrescentou.

A empresa também disse que estava trabalhando em estreita colaboração com o Corpo de Bombeiros de Nova York (FDNY) para tornar a área segura.

"Nossas equipes estão verificando as nossas linhas de gás e trabalhando para isolar todas os vazamentos que encontrarem, e estão agindo conjuntamente com o FDNY para tornar a área segura", disse McGee.

Moradores locais também falaram sobre cheiro de gás na área.

Um porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York declarou à AFP que recebeu uma chamada de emergência às 9h34 local.

E o Corpo de Bombeiros informou à AFP que mais de 168 bombeiros e 44 unidades diferentes responderam ao chamado.


O mundo acabou

Testemunhas compararam o som da explosão ao de um terremoto e a visão do local à de uma zona de guerra, depois que o incidente interrompeu a agitada rotina da cidade.

Jazzmen Arzuaga, de 30 anos, declarou à AFP que estava no trabalho, em um hospital, quando sua mulher telefonou para contar o que tinha acontecido.

"Ela me ligou e disse 'Meu Deus, você precisa voltar para casa agora, é como se fosse a Segunda Guerra Mundial, as pessoas estão morrendo, houve uma explosão'. Eu literalmente corri", explicou.

Elas moram em frente à rua onde ocorreu a tragédia.

Já a esposa de Jay Arzuaga Virgo, também de 30 anos, disse que estava deitada na cama quando a explosão fez o chão tremer. "Levantei, só coloquei meu casaco e corri para fora da porta", declarou na cena do incidente.

"Corri para fora do prédio e olhei para o outro lado da rua, e algumas pessoas estavam deitadas no chão. Havia vidro por todo lado, enormes pedaços de vidro. Era algo louco".

Robert Santiago, uma testemunha, declarou à CBS que estava dormindo quando subitamente a explosão sacudiu sua cama e o chão.

"O cheiro é muito ruim aqui. Cheira a escombros", disse.

"Pensei que o mundo estava chegando ao fim, um terremoto ou algo assim. Terrível", acrescentou.

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