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Expansão hidrelétrica está limitada até 2030, diz secretário

Secretario do Ministério de Minas e Energia considera que barreiras ambientais e legais devem limitar a ampliação da energia hídrica para até 2030


	Usina Hidrelétrica da Cemig: segundo secretário, país tem mais 12 ou 15 anos de expansão sustentável
 (Divulgação)

Usina Hidrelétrica da Cemig: segundo secretário, país tem mais 12 ou 15 anos de expansão sustentável (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 16h16.

São Paulo - A expansão hidrelétrica no Brasil pode ocorrer somente até o ano 2030, se consideradas as barreiras ambientais e legais que limitam a ampliação da energia hídrica, disse o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura.

"A expansão hidrelétrica acaba entre 2025 a 2030... Temos mais 12 ou 15 anos de expansão sustentável", disse Altino Ventura, em evento da Câmara de Comércio Americana, nesta segunda-feira.

Altino estima que o Brasil tem um potencial hídrico de aproximadamente 260 mil megawatts (MW), mas cerca de 100 mil MW "são descartados" pelas limitações ambientais. Boa parte desse volume se encontra na região amazônica.

"O Brasil tem mais de 1 mil hidrelétricas em funcionamento e com resultados muito positivos, dando muitos benefícios à comunidade. Ser contra hidrelétrica talvez se dê porque o setor não sabe se comunicar com a sociedade", afirmou Altino.

As alternativas à expansão hídrica seriam, de acordo com Altino, a geração eólica, solar e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). "Sozinhas elas não conseguem atender a demanda brasileira", ponderou.

Altino prevê que o Brasil irá apoiar sua expansão elétrica em energia térmica nos próximos anos. "O Brasil vai precisar de térmica de base com combustível a preço baixo e competitivo, mas cada uma das alternativas tem limitações. No caso do carvão, ele é um grande emissor de CO2", disse.

O secretário acredita que ao longo dessa década, com o aumento da oferta de gás natural, em especial em terra, as térmicas mais baratas vão passar a operar na base do sistema elétrico por mais tempo.

Para que isso aconteça, e a térmica seja competitiva no Brasil, o preço do gás a valores atuais teria de custar entre 4 e 6 dólares por milhão de BTU. Hoje, ele custa cerca de 17 dólares, de acordo com o secretário.

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