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Exército sírio intensifica ataques em área rebelde de Damasco

Ofensiva prejudicou um cessar-fogo anunciado duas semanas atrás e patrocinado pela Rússia na área de Ghouta Oriental, a leste de Damasco

Exército sírio: ofensiva busca ajudar o Exército em seu objetivo final de reconquistar Ghouta Oriental (AFP/AFP)
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Reuters

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 12h28.

Amã - O Exército da Síria intensificou os disparos de projéteis e ataques aéreos contra o último enclave rebelde na capital do país, Damasco, nesta segunda-feira, no bombardeio mais pesado em uma campanha militar de dois meses, disseram rebeldes e testemunhas.

Das alturas estratégicas da montanha de Qasyoun, que dão vista para Damasco, unidades de elite do Exército atacaram o distrito de Jobar, situado cerca de dois quilômetros ao leste da muralha da Cidade Velha e de Ain Terma, ao sul.

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A ofensiva prejudicou um cessar-fogo anunciado duas semanas atrás e patrocinado pela Rússia na área de Ghouta Oriental, a leste de Damasco.

Dezenas de pessoas ficaram feridas e ao menos dez civis morreram em três dias de bombardeio, disseram fontes da defesa civil. Disparos de projéteis menos intensos atingiram Zamalka, Harasta e Kafr Btna, também em Ghouta Oriental.

Se bem-sucedida, a campanha ajudaria o Exército em seu objetivo final de reconquistar Ghouta Oriental, controlada pela oposição durante a maior parte dos seis anos do conflito. Jobar se localiza no nordeste de Damasco e faz fronteira com Ain Terma, distrito de Ghouta Oriental.

O Exército também está usando mais foguetes-elefante --munições improvisadas e pouco precisas muitas vezes feitas com cilindros de gás e disparadas em uma trajetória alta--, disseram os insurgentes.

"Os foguetes-elefante não estão tendo piedade de nós. Cavamos túneis e fortificamos nossas posições para que elas consigam avançar", disse Abu Obada al Shami, um comandante do Failaq al Rahman, o grupo rebelde cujos combatentes são atraídos da área.

A batalha rebelde para manter seu último ponto de apoio na capital vem na esteira da perda dos distritos de Qaboun e Barzeh, localizados ao norte de Jobar, depois de um bombardeio intenso ocorrido mais cedo neste ano.

Antes de a guerra começar, em 2011, mais de meio milhão de pessoas morava em Ghouta Oriental, um vasto conglomerado de cidades pequenas e terras de cultivo.

Dois moradores disseram que atualmente Ain Terma é uma cidade-fantasma, na qual só algumas centenas de famílias se abrigam em porões, já que a maioria dos antigos residentes fugiu para outras cidades de Ghouta Oriental.

Os rebeldes acusam o Exército sírio e seus aliados apoiados pelo Irã de violarem a trégua mediada pela Rússia em Ghouta Oriental e usar todo seu poderio contra Jobar e Ain Terma.

O governo disse que respeitará as tréguas que Moscou mediou, mas que continua a visar facções militantes islâmicas não incluídas no pacto.

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