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Exército egípcio permite que Sisi concorra às eleições

Cúpula militar do Egito autorizou ao chefe do exército e ministro da Defesa, Abdel Fatah al Sisi, candidatar-se nas próximas eleições presidenciais


	Apoiadores do comandante do Exército do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, levantam cartazes com a foto dele em uma praça do Cairo
 (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Apoiadores do comandante do Exército do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, levantam cartazes com a foto dele em uma praça do Cairo (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 12h32.

Cairo - A cúpula militar do Egito autorizou nesta segunda-feira ao chefe do exército e ministro da Defesa, Abdel Fatah al Sisi, candidatar-se nas próximas eleições presidenciais, informou a agência estatal de notícias 'Mena'.

Está previsto que Sisi anuncie sua postura definitiva nas próximas horas, segundo a agência, que acrescentou que o prazo de inscrição dos candidatos para as eleições começará em 18 de fevereiro.

O Conselho Supremo das Forças Armadas, presidido por Sisi, tomou a decisão em reunião, pouco depois das autoridades terem promovido o militar ao posto de marechal.

No encontro, os militares também analisaram a questão de segurança no país, principalmente na Península do Sinai, após o aumento dos atentados terroristas.

Após meses de incerteza nos quais primeiro rejeitou se apresentar como candidato e depois manteve uma postura ambígua, Sisi afirmou recentemente que concorreria nas próximas eleições presidenciais se o povo pedisse e o exército autorizasse.

Ontem, o presidente interino, Adly Mansour, anunciou uma mudança no calendário e desta forma as eleições presidenciais serão realizadas antes das legislativas, ambas ainda sem data.

Sisi é considerado o 'homem forte' do Egito desde o golpe militar que derrubou o islamita Mohammed Mursi, em julho do ano passado, tempo no qual se transformou em um herói para grande parte da população.

Caso confirme sua candidatura, como desejam seus seguidores e várias figuras políticas, Sisi teria que se desvincular totalmente do exército, já que o chefe de Estado deve ser um civil, segundo estipula a Constituição recentemente aprovada em referendo. 

*Atualização às 13h32 do dia 27/01/2014

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