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Exército e Marinha trabalham no México após ciclones

Governo mexicano afirmou que a Marinha e o Exército "estão trabalhando rapidamente" para ajudar população após passagem de ciclones


	Tempestade tropical Ingrid: passagem dos ciclones "Manuel" e "Ingrid" afetaram 1,2 milhão de pessoas
 (NASA/GOES Project/Divulgação via Reuters)

Tempestade tropical Ingrid: passagem dos ciclones "Manuel" e "Ingrid" afetaram 1,2 milhão de pessoas (NASA/GOES Project/Divulgação via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2013 às 13h26.

México - O governo mexicano afirmou nesta quarta-feira que a Marinha e o Exército "estão trabalhando rapidamente" para chegar à população que ficou ilhada ou desabastecida em boa parte do México por conta da passagem dos ciclones "Manuel" e "Ingrid", que afetaram 1,2 milhão de pessoas no país.

"Há gente que não pode sair de sua casa. Esse é povo que temos que tratar primeiro", disse à rede "Televisa" a ministra de Desenvolvimento Social, Rosario Robles, desde Acapulco, uma das cidades mais afetadas pelos ciclones, que deixaram 50 mortos, segundo um saldo provisório.

No estado de Guerrero, precisamente onde está Acapulco, a tempestade tropical "Manuel", que atingiu a região no fim de semana, causou o deslizamento de terra em estradas e túneis, transbordou rios e derrubou pontes, o que deixou boa parte do estado incomunicável.

"Sem dúvida, Guerrero é o estado mais afetado até o momento", reconheceu a ministra Robles, que chamou a atenção sobre a "situação extraordinária" vivida no México "pela característica do fenômeno" meteorológico, incomum porque dois ciclones tropicais chegados do Atlântico e do Pacífico confluíram ao mesmo tempo.

Com relação à cidade de Acapulco, a ministra constatou que o porto "ficou isolado", por isso que é preciso apoiar seus moradores, e, ao mesmo tempo, milhares de turistas que ficaram ilhados.

"Temos 40 mil turistas ilhados em Acapulco. Temos que retirá-los por via aérea. Temos que atender as pessoas que estão em suas casas, ao mesmo tempo os que estão nos albergues, e patrulhar a cidade para evitar situações conflituosas", acrescentou.


Robles confia em que em dois dias a maioria dos turistas ilhados na cidade possa retornar por via terrestre para suas casas, quando for reaberta a Estrada do Sol, que liga Acapulco com a capital mexicana.

Como desafios mais imediatos, Robles mencionou o de normalizar pouco a pouco a situação em Acapulco, "abastecer hotéis e lojas de auto-serviços" e atender a população isolada, e hoje mesmo começar a se deslocar para zonas mais pobres e isoladas do estado, entre elas a região da Montanha.

"Temos dez helicópteros trabalhando, recuperamos mais de mil pessoas que estão nos albergues. Estamos em uma situação de emergência, não só em Acapulco, mas em todo o estado", disse Robles.

A ministra disse que nas últimas horas a presença de pessoal coordenado pelo Governo federal aumentou e anunciou que ainda hoje chegará um navio desde o porto de Manzanillo com mantimentos para Acapulco.

Os dois fenômenos tropicais começaram a afetar simultaneamente o México no fim de semana e embora hoje já tenham perdido força, ainda foram registradas chuvas intensas em várias regiões do país.

No total, há mais de 300 mil afetados, a maioria deles em Guerrero, mas há milhares também em Veracruz (oriente), e um total de 1,2 milhões de afetados, segundo cálculos oficiais provisórios. 

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