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Exército diz que Mnangagwa se reunirá com Mugabe

O chefe das Forças Armadas afirmou que ambos tiveram conversas e que Mugabe traçou um "roteiro e uma solução definitiva para o país"

Mugabe e Mnangagwa: Chiwenga destacou que as negociações com Mugabe transcorreram "em um ambiente de respeito mútuo" (Philimon Bulawayo/Reuters)
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EFE

Publicado em 20 de novembro de 2017 às 18h47.

Harare - O Exército do Zimbábue , que controla o país desde a semana passada, anunciou nesta segunda-feira que o presidente do país, Robert Mugabe, se reunirá com o vice-presidente cassado, Emmerson Mnangagwa, que voltará "em breve" à capital Harare após ser nomeado líder do partido governista no lugar do ainda chefe de Estado.

Em uma breve entrevista coletiva, o chefe das Forças Armadas, general Constantine Chiwenga, afirmou que ambos tiveram conversas e que Mugabe traçou um "roteiro e uma solução definitiva para o país" após o discurso transmitido pela televisão ontem à noite, no qual, ao contrário do que se esperava, não renunciou.

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No primeiro pronunciamento pela imprensa desde o levante militar e no qual não aceitou perguntas, Chiwenga destacou que as negociações com Mugabe transcorreram "em um ambiente de respeito mútuo" e que "muitas garantias foram dadas".

O Exército pediu ao partido de Mugabe e Mnangagwa, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (ZANU-PF), e a outras personalidades com destaque na crise, como veteranos de guerra e partidos da oposição, que "se abstenham de qualquer ação que possa ameaçar a paz, a vida e a propriedade privada".

Chiwenga agradeceu aos zimbabuanos pelo "apoio dado" desde a intervenção militar e pediu que "mantenham a calma e a paciência" e que "respeitem a lei para manter a paz".

O general garantiu que "tem confiança" em "fazer com que o amado país deixe para trás as circunstâncias presentes" e retome "a trajetória desejada de desenvolvimento".

Os militares tomaram o controle do país na noite da última terça-feira no que chamaram de Operação Restaurar o Legado, desencadeada após a destituição de Mnangagwa, há duas semanas, e desde então mantêm Mugabe - de 93 anos e desde 1980 no poder - em prisão domiciliar.

Neste período também foram expulsos da ZANU-PF os membros suspeitos de instigar a cassação de Mnangagwa, como a primeira-dama, Grace Mugabe, de 52 anos, e os que a apoiavam em seus planos de se tornar a sucessora do marido no poder, entre eles vários ministros.

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