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Exército de Israel bombardeia complexo hospitalar e escola da ONU na Faixa de Gaza

Ações separadas na região central do enclave palestino deixaram ao menos 24 mortos e atrasaram o início de uma campanha de vacinação contra a poliomielite que começaria nesta segunda-feira

Uma mulher palestina verifica a destruição após um ataque do exército israelense em torno de tendas para deslocados dentro dos muros do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 14 de outubro de 2024, em meio à guerra em curso entre Israel e o Hamas (Eyad BABA/AFP)

Publicado em 14 de outubro de 2024 às 08h54.

O Exército de Israel bombardeou nesta segunda-feira, 14, um acampamento de deslocados palestinos em um complexo hospitalar e uma escola da ONU, ambos localizados na região central de Gaza, matando ao menos 24 pessoas, de acordo com contagens realizadas no enclave. Vídeos gravados no Hospital Mártires de al-Aqsa, em Deir al-Balah, mostraram pessoas presas em tendas em chamas durante o ataque, enquanto o bombardeio da escola atrasou o início de uma campanha internacional contra a poliomielite.

De acordo com a rede internacional Aljazeera, o porta-voz o exército israelense, Avichay Adraee, confirmou que a Força Aérea israelense foi responsável pelo ataque e justificou a ação dizendo que o local era usado como um "centro de comando e controle" pelo Hamas.  O "The Jerusalem Post", mídia local, também confirmou que a Força Aérea de Israel conduziu ataques aéreos ao norte do campo de refugiados de Nuseirat, no norte da Faixa de Gaza, na noite de domingo.

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A agência de notícias Wafa, ligada à Autoridade Nacional Palestina (ANP), noticiou que foram confirmadas as mortes de quatro pessoas, com mais de dez feridos no complexo hospitalar. O diretor da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, afirmou que na escola bombardeada foram 20 mortos.

"Tendas em chamas devido a um ataque aéreo no pátio do hospital al-Aqsa, onde as pessoas buscavam abrigo", escreveu o diretor da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, ao compartilhar uma imagem das chamas no X. "Enquanto isso, na mesma área, uma escola da UNRWA foi atingida, com 20 pessoas mortas. A escola foi planejada para ser usada na campanha de vacinação contra a poliomielite, que começou hoje. Tivemos que cancelar a campanha de vacinação naquela escola devido aos danos graves".

Vídeos gravados no momento do ataque mostram fileiras de tendas em chamas enquanto bombeiros e populares correm para apagar o fogo com mangueiras e baldes de água. Socorristas e sobreviventes vasculham no escuro entre os escombros.

Com informações de Agência O Globo

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