Mundo

Execuções de pena de morte subiram 15% no mundo em 2013

O relatório organizado pela Anistia Internacional informa que 778 pessoas foram condenadas à morte em 22 países


	Cordas para enforcamento: número de pessoas condenadas à morte nos Estados Unidos, único país das Américas em que isso é permitido, continuou a cair
 (AFP)

Cordas para enforcamento: número de pessoas condenadas à morte nos Estados Unidos, único país das Américas em que isso é permitido, continuou a cair (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 17h40.

Nova York - As execuções de pena de morte relatadas ao redor do mundo subiram 15% em 2013 e os Estados Unidos estão entre os cinco países em que mais pessoas receberam essa condenação, informou um relatório divulgado nesta quarta-feira.

O relatório organizado pela Anistia Internacional informa que 778 pessoas foram condenadas à morte em 22 países.

O aumento mundial do ano passado se deve, em parte, a mais execuções no Irã e no Iraque, que lideram a lista, seguidos da Arábia Saudita. O número de execuções oficialmente reconhecidas no Irã era de 369 e do Iraque, 169.

O número de pessoas condenadas à morte nos Estados Unidos, único país das Américas em que isso é permitido, continuou a cair. O relatório mostra que 39 pessoas foram executadas em 2013, sendo que mais de 40% dos casos eram do estado do Texas.

No entanto, a Anistia Internacional se disse "alarmada" com quatro países em que as execuções foram retomadas após uma pausa de um ano ou mais: Indonésia, Kuwait, Nigéria e Vietnã.

O estudo não contempla as execuções de centenas de pessoas na China, cujas informações são confidenciais, e também não traz informações da Síria e do Egito.

O grupo é contundente em sua posição sobre o assunto. "Somos contra a pena de morte em todos os casos, sem exceção", disse o representante do grupo nas Nações Unidas, José Luis Díaz. "É um castigo cruel, desumano e degradante."

A Anistia Internacional divulgou os resultados ontem, alguns dias depois da controversa decisão de um tribunal do Egito de sentenciar 529 pessoas à morte por suposta participação em um protesto em que morreu um policial. Entidades de direitos humanos denunciaram as falhas desse julgamento, como o fato da defesa não ter podido apresentar seus argumentos. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:LegislaçãoMortesPena de morte

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal