Mundo

Ex-vice-presidente dos Estados Unidos é acusado novamente de assédio

Amy Lappos é a segunda a acusar Joe Biden, que foi vice-presidente de Barack Obama, de prática inapropriada

Joe Biden: acusações contra ex-vice-presidente americano podem inviabilizar pré-candidatura à Casa Branca (Saul Loeb/Reuters)

Joe Biden: acusações contra ex-vice-presidente americano podem inviabilizar pré-candidatura à Casa Branca (Saul Loeb/Reuters)

E

EFE

Publicado em 2 de abril de 2019 às 07h23.

Washington — Uma mulher nos Estados Unidos, acusou na segunda-feira, 1º, o ex-vice-presidente e potencial candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, de tê-la tocado de forma inadequada, embora "não sexual", durante um evento de arrecadação de fundos em 2009.

A mulher, Amy Lappos, é a segunda a acusar Biden, que foi vice-presidente de Barack Obama, após revelação feita na semana passada pela ex-congressista do estado de Nevada, Lucy Flores.

Segundo narrou Lappos, de 43 anos, ao jornal local "Hartford Courant", Biden aproximou-se dela durante um ato de arrecadação de fundos para o congressista Jim Himes e o deixou "muito incomodada" com seu comportamento. "Não foi sexual, mas agarrou minha cabeça", relatou a mulher.

"Ele colocou a mão em volta do meu pescoço e me puxou para esfregar o nariz com o meu, quando ele estava me puxando, eu pensei que ele ia me beijar na boca", completou.

A revelação de Amy acontece dias após Lucy Flores acusar Biden de tê-la beijado na cabeça sem o seu consentimento durante a campanha às eleições legislativas e estaduais de 2014. Ela explicou que em um ato da sua campanha ao vice-governo de Nevada sentiu "duas mãos" nos seus ombros e pensou: "o que o vice-presidente dos Estados Unidos está fazendo comigo?".

"Ele começou a me dar um beijo grande e lento na minha cabeça, meu cérebro não conseguia processar o que estava acontecendo, eu me sentia constrangida, fiquei surpresa, fiquei confusa", explicou a mulher, que foi congressista estadual entre 2011 e 2015.

Em resposta a Lucy, Biden disse em um comunicado recordar o que aconteceu, mas de outra maneira. "Durante muitos anos fazendo campanhas políticas e na vida pública, dei inúmeros apertos de mãos, abraços, expressões de carinho, apoio e consolo. E nem uma só vez - nunca - acreditei que tenha agido inapropriadamente. Nunca foi a minha intenção", afirmou.

Essas acusações poderiam colocar em risco as aspirações presidenciais de Biden, que, sem ter formalizado sua candidatura, lidera as pesquisas entre os eleitores democratas há meses.

Acompanhe tudo sobre:Eleições americanasEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Israel promete ‘revanche’ contra Hezbollah após foguete matar 12 em campo de futebol

'Farei com que se respeite o resultado eleitoral', diz Maduro após votar em Caracas

Maduro pede desculpas por impedir entrada de ex-mandatários que observariam eleições

Faltam 100 dias para a eleição nos EUA: veja quais serão os próximos passos

Mais na Exame