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Ex-vice-presidente americano critica relatório sobre tortura

Dick Cheney foi vice-presidente nos dois mandatos de George W. Bush, entre 2001 e 2009

O ex-vice-presidente americano Dick Cheney: "o relatório é terrível. E me parece muito falho" (Mark Wilson/AFP)

O ex-vice-presidente americano Dick Cheney: "o relatório é terrível. E me parece muito falho" (Mark Wilson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 07h59.

Washington - O ex-vice-presidente americano Dick Cheney fez duras críticas nesta quarta-feira ao relatório do Senado sobre o uso de tortura pela CIA nos interrogatórios de supostos terroristas.

"O relatório é terrível. E me parece muito falho", declarou ao canal Fox News.

Cheney foi vice-presidente nos dois mandatos de George W. Bush, entre 2001 e 2009, época em que a agência de inteligência americana realizou os duros interrogatórios com suspeitos de terrorismo.

O relatório publicado na terça-feira pelo Senado afirma que a tortura realizada pela CIA contra suspeitos de terrorismo não permitiu obter informações válidas. O comitê de inteligência do Senado também revelou as mentiras da agência de inteligência nas audiências ante o Congresso e a Casa Branca.

"Este relatório está cheio de merda, me desculpe", disse Dick Cheney.

"A investigação não se deu o trabalho de entrevistar pessoas chave envolvidas com o programa", completou, antes de afirmar que o presidente George W. Bush era parte do programa e conhecia a maior parte dos detalhes.

"O que devemos fazer (com Khaled Sheikh Mohamed, o suposto cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001)? Beijá-lo nas bochechas e dizer: 'Por favor, por favor, nos diga o que você sabe?' Claro que não", disse Cheney.

"Nós fizemos exatamente o que precisávamos fazer para capturar aqueles que eram culpados pelo 11/9 e para evitar novos ataques, e tivemos sucesso nas duas partes", completou o vice-presidente da administração George W. Bush.

Na quarta-feira muitas pessoas pediram julgamentos, tanto nos Estados Unidos como no restante do mundo, pelo uso de tortura por parte da CIA, um caso que, ao que parece, o governo de Barack Obama considera encerrado.

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