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Ex-presidente do Peru depõe por mais de 7 horas em caso Odebrecht

O ex-governante teria recebido US$ 3 milhões da Odebrecht para financiar suas campanhas eleitorais de 2006 e 2011

Ollanta Humala: ele foi questionado sobre as supostas contribuições reveladas por Marcelo Odebrecht (foto/AFP)

Ollanta Humala: ele foi questionado sobre as supostas contribuições reveladas por Marcelo Odebrecht (foto/AFP)

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EFE

Publicado em 29 de junho de 2017 às 10h57.

Última atualização em 11 de julho de 2017 às 16h48.

Lima - O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, e sua esposa, Nadine Herédia, prestaram depoimento nesta quarta-feira durante mais de sete horas para um procurador peruano que investiga a denúncia de que o ex-governante teria recebido US$ 3 milhões da Odebrecht para financiar suas campanhas eleitorais de 2006 e 2011.

"Estamos satisfeitos, acredito que (o depoimento) serviu para esclarecer as coisas. Para dar alguma luz para que isto seja bem encaminhado. Queremos assinalar que somos os principais interessados de que isto seja esclarecido", disse Humala aos jornalistas ao deixar a sede da Procuradoria.

O ex-governante detalhou que, durante o interrogatório, foi questionado sobre as supostas contribuições reveladas por Marcelo Odebrecht e seu representante no Peru, Jorge Barata.

"Fui perguntado sobre questões do partido, contribuições de campanha de 2006, 2011. Foram temas diversos sobre o meu patrimônio, etc., e respondemos tudo", contou Humala.

O ex-presidente indicou, no entanto, que não ofereceria maiores detalhes porque está impedido pela Justiça, mas reafirmou que não recebeu os US$ 3 milhões alegados pela Odebrecht.

A empreiteira brasileira admitiu à Justiça dos Estados Unidos que pagou US$ 29 milhões em propina para agentes públicos no Peru para vencer a concorrência na licitação de obras públicas entre 2005 e 2014, um período que compreende os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).

Por este caso, a Justiça peruana iniciou processos contra Humala e Toledo, e segue com investigações preliminares contra García.

Humala também anunciou hoje que sua defesa recorrerá à Suprema Corte da decisão tomada por um tribunal na terça-feira de rejeitar o recurso que ele apresentou junto com sua esposa para excluir quatro agendas com contabilidade do Partido Nacionalista, que supostamente teriam sido roubadas de sua residência, como prova de uma investigação por lavagem de dinheiro.

As quatro agendas também são parte da investigação da Procuradoria sobre as contribuições recebidas pelo Partido Nacionalista para as campanhas de 2006 e 2011.

"Se roubam um documento de sua casa e isto não é considerado uma prova ilegal, então do que estamos falando?", perguntou Humala.

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