Mundo

Ex-presidente de Gâmbia aceita ceder poder e deixar o país

Jammeh pode viajar ainda hoje para a Guiné, um dos países que lhe ofereceram asilo, segundo a imprensa gambiana

Jammeh: negociação evitou a intervenção militar prevista para forçar sua saída (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Jammeh: negociação evitou a intervenção militar prevista para forçar sua saída (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de janeiro de 2017 às 20h17.

Última atualização em 20 de janeiro de 2017 às 22h00.

Johannesburgo - O líder da Gâmbia, Yahya Jammeh, concordou em deixar o posto, segundo uma mensagem no Twitter enviada pela conta oficial do presidente Adama Barrow nesta sexta-feira. "Eu gostaria de informar a vocês que Yahya Jammeh concordou em entregar o poder e deixar o país", disse a mensagem.

Na capital da Gâmbia, Banjul, o presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz, e o de Guiné, Alpha Conde, fizeram parte do esforço para convencer Jammeh a deixar o poder voluntariamente. Conforme o diálogo se arrastava, tropas do bloco regional da Comunidade Econômica dos Países do Oeste Africano se posicionaram perto da capital, dispostas a tomá-la e colocar Barrow no poder, se necessário.

Jammeh ficou 22 anos no poder da ex-colônia britânica. Barrow, um magnata do setor imobiliário sem experiência política anterior, foi empossado presidente na embaixada do país no Senegal, na quinta-feira.

Grupos pelos direitos humanos acusam Jammeh de prender dissidentes e jornalistas críticos. Eles também alegam que há o uso de tortura e péssimas condições nas prisões do país.

Gâmbia é um dos países mais pobres do mundo. O novo presidente promete se concentrar na criação de empregos e na construção de infraestrutura. O Produto Interno Bruto (PIB) de Gâmbia é de menos de US$ 1 bilhão e muitos de seus 2 milhões de habitantes fugiram para o vizinho Senegal ou para a Europa nos últimos anos.

Barrow foi educado no Reino Unido. Nascido em 1965, ele trabalhou como guarda em uma loja de móveis de Londres, uma experiência que diz ter lhe dado a humildade e o valor para o trabalho duro. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaConselho de Segurança da ONUEleições

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua