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Ex-premiê da Bulgária pede anulação das eleições no país

Boiko Borisov argumenta que foi violada a lei eleitoral

Boiko Borisov: "deus é testemunha de que não temos nada a ver com esta gráfica nem com a encomenda de cédulas", disse (Reuters/Stoyan Nenov)
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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2013 às 10h00.

Sófia - O ex-primeiro-ministro búlgaro Boiko Borisov pediu hoje a anulação das eleições realizadas no domingo passado, argumentando que foi violada a lei eleitoral, ao ser publicada no dia anterior ao pleito a notícia da apreensão de cédulas fraudulentas vinculadas com seu partido, o GERB.

Das eleições antecipadas do domingo saiu um Parlamento muito fragmentado, no qual o GERB dispõe de 97 dos 240 deputados, o que torna muito complicada a formação de um Governo com uma cômoda maioria.

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"Hoje ou amanhã muito tarde, iremos ao Tribunal Constitucional para que a eleição seja invalidada devido ao escândalo das cédulas do dia anterior à votação", anunciou o cabeça de lista do GERB, cujo Governo renunciou em fevereiro passado diante da onda de protestos da população.

Borisov argumentou que é melhor que o país realize novas eleições, porque a divisão de cadeiras bloqueia a formação de um Governo estável.

A Polícia búlgara apreendeu 350 mil cédulas eleitorais fraudulentas durante a véspera do pleito parlamentar do domingo e uma agência de notícias afirmou no dia que os cartões procediam de uma gráfica propriedade de um vereador do GERB.


"Deus é testemunha de que não temos nada a ver com esta gráfica nem com a encomenda de cédulas", insistiu hoje Borisov, que estimou que o novo pleito poderia acontecer dentro de seis semanas.

"Durante a véspera da eleição um meio lançou uma bomba ao anunciar a operação (policial) e não se sabe como teve conhecimento disso para comparecer a essa gráfica e começar a falar de manipulação. Ao mesmo tempo, todos os partidos quebraram o silêncio, dando entrevistas extraordinárias e fazendo propaganda", denunciou Borisov.

A apuração definitiva dá ao Partido Socialista 84 deputados, 36 para a formação da minoria turca, DPS, e 23 para os ultranacionalistas e xenófobos do Ataka.

A matemática parlamentar e os confrontos e negativas de vários partidos a se coligar desenham um cenário complicado para a formação de um novo Governo.

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