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Ex-médico de seleção de ginástica dos EUA é acusado de abusos

Número de mulheres que o acusam de cometer algum tipo de crime sexual chega a 65

Ginástica olímpica: Nassar começou a trabalhar com a seleção americana feminina de ginástica em 1986 (MilicaStankovic/Thinkstock)

Ginástica olímpica: Nassar começou a trabalhar com a seleção americana feminina de ginástica em 1986 (MilicaStankovic/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 10h59.

Grand Rapids - O ex-médico da seleção de ginástica dos Estados Unidos Larry Nassar, que está preso por pedofilia e posse de pornografia infantil, está sendo acusado de cometer abuso sexual contra, pelo menos, 18 atletas e ex-atletas, inclusive menores de idade.

Com o processo que veio a público na noite desta segunda-feira, chega a 65 o número de mulheres que apontam o acusado - que também trabalhou na Universidade de Michigan - como responsável por cometer algum tipo de crime sexual.

O número abrange ações judiciais, como o processo aberto na Corte Distrital de Michigan, ou queixas feitas em delegacia. Entre as vítimas que estão relacionados neste caso, estão 18 desportistas atuais ou que já se retiraram do esporte, inclusive, que integraram em algum momento a seleção americana.

No processo, há relatos de abuso sexual de meninas de nove anos de idade, inclusive, segundo o inquérito.

Nassar está preso desde o mês passado, acusado de três delitos de conduta sexual criminosa em primeiro grau, por violentar uma menor de 13 anos, segundo inquérito, dentro da casa onde ele morava, entre 1998 e 2005, e por posse de pornografia infantil.

Segundo o promotor Patrick Miles, o médico ainda tinha 37 mil imagens de pornografia infantil no computador pessoal.

Nassar começou a trabalhar com a seleção americana feminina de ginástica em 1986, como técnico. A partir de 1996, passou a atuar como médico. As acusações sobre comportamento inapropriado durante os exames com atletas, o fizeram ser demitido em 2015.

Depois disso, seguiu trabalhando em Lansing, em Michigan, tratando pacientes, enquanto o FBI já o investigava.

Além de Nassar, o processo também implica a seleção americana, a Universidade de Michigan, além de um centro de treinamento de ginástica onde o médico passou a atuar, por não ter havido qualquer ação para impedir os abusos.

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