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Ex-diretor financeiro da Trump Organization é condenado a 5 meses de prisão

Muito próximo de Donald Trump, Weisselberg tinha se declarado culpado de 15 acusações de fraude e evasão fiscal por um montante de US$ 1,76 milhão de rendimentos recebidos e não declarados

Alen Weisselberg: ele já pagou mais de US$ 2 milhões em impostos e multas (AFP/AFP Photo)

Alen Weisselberg: ele já pagou mais de US$ 2 milhões em impostos e multas (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 10 de janeiro de 2023 às 19h38.

Última atualização em 10 de janeiro de 2023 às 20h03.

O ex-diretor financeiro da Trump Organization, Allen Weisselberg, que havia se declarado culpado de fraude e evasão fiscal em um esquema orquestrado na empresa da família Trump, foi condenado a cinco meses de prisão nesta terça-feira, 10, anunciou a Justiça de Nova York.

Muito próximo de Donald Trump, Weisselberg tinha se declarado culpado de 15 acusações de fraude e evasão fiscal por um montante de US$ 1,76 milhão de rendimentos recebidos e não declarados entre 2005 e 2021, em uma fraude financeira da qual a empresa familiar de Trump também foi declarada culpada em 6 de dezembro.

Segundo a imprensa americana, Allen Weisselberg, de 75 anos, cumprirá efetivamente uma pena de 100 dias na penitenciária de Rikers Island em Nova York, que já recebeu anteriormente Harvey Weinstein e Dominique Strauss-Kahn.

Weisselberg já pagou mais de US$ 2 milhões em impostos e multas como parte do acordo alcançado com a Justiça ao se declarar culpado e evitar assim vários anos de prisão, segundo anunciou a acusação durante o julgamento.

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Por sua vez, espera-se que a condenação da Trump Organization, que administra campos de golfe, hotéis de luxo e propriedades imobiliárias, seja divulgada na sexta-feira em um caso no qual Donald Trump não está pessoalmente implicado.

A Justiça colocou no banco dos réus o ex-diretor da empresa familiar e a própria empresa por montar um sistema de declarações contábeis falsas destinadas a esconder do Fisco, durante anos, retribuições em dinheiro para alguns executivos, em particular Allen Weisselberg, que também foi testemunha-chave no julgamento.

O executivo, de 75 anos, que foi "um dos principais beneficiados do sistema, recebeu cerca US$ 1,76 milhão em remunerações não declaradas, entre elas o pagamento do aluguel de um apartamento de luxo em Manhattan, serviços, gastos de estacionamento, veículos Mercedes-Benz para ele e sua esposa, móveis, dinheiro para viagens pessoais e o pagamento das matrículas de seus netos em uma escola particular", segundo a procuradoria de Manhattan.

"As sociedades não declararam estes rendimentos às autoridades fiscais, não fizeram os recolhimentos de impostos nem pagaram as contribuições de saúde", disse a procuradoria.

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